Suprema Corte decide que homem que chamou Moraes de “satanista” é réu

Glaudiston da Silva Cabral foi denunciado por formação de associação criminosa e a prática de incitar atos criminosos; a defesa sustenta que o processo …

22/08/2025 22:06

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

A Primeira Turma do STF majoritariamente julgou procedente a denúncia da PGR contra Glaudiston da Silva Cabral, que proferiu críticas e ofensas a ministros da Corte e chamou Alexandre de Moraes de “sacrificador de crianças” e “satanista“.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O julgamento prossegue no plenário virtual. Moraes é o relator, sendo seu parecer seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Carmen Lúcia, que o consideraram réu. Luiz Fux ainda não votou.

Glaudiston foi acusado de formação de associação criminosa e incitação ao crime. Na sua declaração, Moraes alega que ele incentivou a atuação das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e, com a mesma conduta, incitou a prática de golpe de Estado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Todas as investigações referem-se aos mesmos atos criminosos decorrentes da invasão e depredação dos edifícios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal ocorridos em 8/1/2023, sendo evidente a existência de conexão entre as condutas atribuídas a Glaudiston da Silva Cabral nesta denúncia e aquelas investigadas no âmbito mais abrangente dos referidos procedimentos envolvendo investigados com prerrogativa de foro nessa Suprema Corte.

O denunciado ainda acusou em vídeo o ministro Alexandre de Moraes de uma série de fatos, incluindo a prática de “rituais de magia negra com sacrifício de crianças”, além de ameaçar outras autoridades públicas.

Leia também:

Ele também declara estar farto dessa situação, desse país de covilã, um bando de cidadãos, 210 milhões de brasileiros, aceitando que 11 indivíduos [em referência aos ministros do STF] digam como nós temos que viver.

A DPU (Defensoria Pública da União), que representa Glaudiston, argumentou no processo que o caso não deveria tramitar no STF, além de citar o “óbvio impedimento” de Alexandre de Moraes, justamente pelo caso apurar suposto crime contra a honra do próprio ministro.

A DPU sustenta que a apuração não detalha quais atos concretos foram realizados pelo denunciado que poderiam, em princípio, corresponder aos delitos em questão.

Ademais, a ligação entre os atos de Glaudiston com os fatos de 8 de janeiro de 2023, questionada pela PGR, também é contestada. A defesa aponta casos, presentes na denúncia, de episódios posteriores aos atos antidemocráticos, o que, supostamente, não estabelece conexão entre eles.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.