Superendividamento e jogos de azar online são motivo de atenção de entidades de proteção ao consumidor

Delegados de procuradorias municipais e estaduais se reuniram em Porto Alegre para discutir o incremento das denúncias relacionadas a jogos de azar online. O assunto foi amplamente abordado na 36ª Reunião da Senacon com o Sistema Nacional do Consumidor e no XXIII Congresso do MPCON.

O encontro revelou que as plataformas de apostas têm gerado novos desafios para os órgãos de defesa do consumidor. Uma parcela das reclamações está relacionada a práticas abusivas, mas também ao aumento de casos de ludopatia, que impactam as finanças pessoais.

Endividamento em alta.

Um outro ponto de atenção foi o crescimento do número de consumidores em situação de endividamento excessivo. Os Procons ressaltaram que o problema se dissemina por diversas regiões do país, necessitando de maior atendimento e orientação direta à população.

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Um documento contendo as propostas referentes às duas questões será encaminhado à Senacon, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Espera-se que as ações possam ser implementadas de maneira coordenada pelos órgãos que compõem o Sistema Nacional do Consumidor.

Preocupação nacional

Conforme Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP e presidente do Colegiado Nacional de Procons Estaduais, a gravidade das situações preocupa todo o sistema. “Estes dois assuntos estão no topo das preocupações atuais dos órgãos de defesa do consumidor, com o agravante de estarem se disseminando em todo o Brasil, com um potencial de impacto severo na vida de um número elevado de consumidores e suas famílias”, declarou.

Educação como estratégia.

Além da discussão sobre jogos e créditos, a reunião abordou ações educativas. A Senacon anunciou a expansão da oferta de cursos focados no consumo consciente, fortalecendo a linha pedagógica de sua atuação.

O Procon-SP também detalhou suas ações, que abrangem a criação de materiais, estudos e atendimento à população. A finalidade é auxiliar os consumidores e promover um equilíbrio nas relações de consumo.

Fonte por: Carta Capital