Suíça prepara “oferta mais vantajosa” a Trump, afirma governo
O país se compromete a continuar com as discussões após o dia 7 de agosto.

O governo suíço está preparado para apresentar uma proposta mais vantajosa nas negociações comerciais com os Estados Unidos, após uma reunião de emergência com o objetivo de evitar uma taxa de 39% dos EUA sobre as importações suíças.
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O Conselho Federal estava comprometido a continuar as discussões com os Estados Unidos, se fosse necessário, além do prazo de 7 de agosto que o presidente dos EUA, Donald Trump, havia determinado para que a tarifa entrasse em vigor.
A Suíça entra nesta nova fase preparada para apresentar uma proposta mais interessante, considerando as preocupações dos Estados Unidos e visando amenizar a situação tarifária vigente, conforme declarado em comunicado, sem fornecer informações sobre o que o governo suíço pode oferecer.
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A Suíça ficou chocada na sexta-feira após Trump impor uma das tarifas mais elevadas, com associações industriais avisando que muitos milhares de empregos estavam ameaçados.
As tarifas entrarão em vigor na quinta-feira, oferecendo ao país, que possui os EUA como seu principal mercado de exportação de produtos farmacêuticos, relógios, maquinário e chocolates, uma breve oportunidade para negociar um acordo mais favorável.
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A Casa Branca declarou na sexta-feira que adotou a medida em razão do que considerou a recusa da Suíça em fazer “concessões significativas” com a remoção de barreiras comerciais, descrevendo a relação comercial atual entre os dois países como “unilateral”.
Executivos e políticos tentavam compreender as razões pelas quais o país apresentava um tratamento diferenciado, em comparação com a UE, o Japão e a Coreia do Sul, que registravam taxas de 15%.
Trump afirmou que busca realinhar o comércio global, sustentando que as relações comerciais vigentes são desfavoráveis aos Estados Unidos. A Suíça registrou um superávit comercial de 38,5 bilhões de francos suíços (US$48 bilhões) com os EUA no ano anterior.
A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, declarou à Reuters na sexta-feira que o país ofereceu aos produtos americanos acesso quase totalmente isento de impostos em seu mercado, e as empresas suíças realizaram investimentos diretos significativos nos Estados Unidos.
A assessora afirmou à Reuters que o presidente (Trump) está realmente focado no déficit comercial, pois ele considera que se trata de uma perda para os Estados Unidos.
A União Europeia, Japão e Coreia do Sul apresentam superávits comerciais significativos com os Estados Unidos, estimados em cerca de US$235 bilhões para a União Europeia, US$70 bilhões para o Japão e um superávit de quase US$56 bilhões para a Coreia do Sul.
O governo declarou estar comprometido em assegurar um tratamento equitativo em relação aos seus principais concorrentes e que não estava avaliando nenhuma medida de retaliação naquele momento.
O ministro de Negócios da Suíça, Guy Parmelin, afirmou no fim de semana que o governo estava aberto a rever sua oferta aos EUA em retaliação à tarifa.
Ele afirmou que as alternativas contemplavam a aquisição de gás natural liquefeito nos Estados Unidos através da Suíça ou o incremento de investimentos de empresas suíças nos Estados Unidos.
Brasil exporta petróleo, café e aeronaves para os Estados Unidos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.