Suécia autoriza uso de inteligência artificial na criação musical, visando salvaguardar os direitos dos músicos

Empresas de IA são acusadas de utilizar material com direitos autorais sem a devida autorização.

09/09/2025 9:38

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Uma organização sueca de direitos autorais de música introduziu uma licença que possibilita que empresas de inteligência artificial utilizem legalmente músicas protegidas por direitos autorais para treinar seus modelos, assegurando ao mesmo tempo que compositores e autores sejam remunerados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ação, divulgada pela associação de direitos autorais STIM na terça-feira (9), se justifica pelo crescimento do emprego de inteligência artificial generativa em setores criativos, gerando disputas envolvendo artistas, autores e titulares de direitos. Os autores sustentam que empresas de IA utilizam obras protegidas sem autorização ou remuneração adequada para o treinamento de seus modelos.

A licença, criada pela STIM, que engloba mais de 100 mil compositores e editores musicais, possibilita que sistemas de inteligência artificial utilizem obras com direitos autorais, garantindo o pagamento de royalties aos autores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A CISAC estima que a inteligência artificial poderá diminuir a receita de músicos em até 24% até 2028.

Demonstramos que é possível incorporar a disrupção sem comprometer a criatividade humana. Não se trata apenas de uma iniciativa comercial, mas de um modelo que assegura uma remuneração justa e segurança jurídica para as empresas de IA, afirmou Lina Heyman, CEO interina da STIM, em um comunicado.

Leia também:

A Organização CISAC prevê que a produção de IA generativa em música alcance aproximadamente US$ 17 bilhões (cerca de R$ 92 bilhões) anualmente até 2028.

A Suécia já havia definido padrões industriais para plataformas como Spotify e TikTok, e a nova licença incorpora tecnologia obrigatória para monitorar as produções geradas por inteligência artificial, assegurando transparência e remuneração aos criadores.

A Songfox, uma startup com sede em Estocolmo, é a primeira empresa a operar sob a licença, possibilitando que os usuários criem músicas e versões geradas por inteligência artificial de maneira legal.

Deputados avaliam normas sobre inteligência artificial.

O Brasil se destaca entre os países que mais empregam inteligência artificial.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.