Substância utilizada para reduzir o sabor da doçura pode afetar o tratamento do câncer, aponta pesquisa

Estudos foram conduzidos em camundongos e analisados em 13 pacientes humanos; mais investigações são necessárias para validar os resultados.

01/08/2025 16:12

3 min de leitura

Substância utilizada para reduzir o sabor da doçura pode afetar o tratamento do câncer, aponta pesquisa
(Imagem de reprodução da internet).

A sucralose é um dos adoçantes artificiais mais comuns para substituir o açúcar em alimentos, bebidas e produtos industrializados, sendo recomendado para indivíduos que necessitam monitorar os níveis de glicemia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, uma pesquisa recente indica que o componente pode não ser a opção ideal para pacientes com câncer em tratamento com imunoterapia.

O estudo, divulgado na quinta-feira (31) na Cancer Discovery, revelou que pacientes com melanoma e câncer de pulmão de células não pequenas que apresentaram altos níveis de sucralose obtiveram uma resposta imunoterápica mais fraca e menor sobrevida em comparação com aqueles que consumiram níveis baixos do adoçante.

Leia também:

Alguns suplementos que elevaram os níveis de arginina, um aminoácido, reduziram os efeitos prejudiciais da sucralose na imunoterapia em experimentos conduzidos com roedores.

“É fácil dizer ‘pare de beber refrigerante dietético’, mas quando os pacientes estão em tratamento para câncer, eles já estão lidando com o suficiente, portanto, pedir que alterem drasticamente sua dieta pode não ser realista”, analisa Abby Overacre, autora principal do estudo e professora assistente do Departamento de Imunologia da Universidade de Pittsburgh, em comunicado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

É necessário localizar os pacientes. Isso se deve à empolgação de que a suplementação de arginina possa ser uma abordagem simples para neutralizar os efeitos negativos da sucralose na imunoterapia.

O adoçante pode modificar o microbioma intestinal.

A pesquisa, conduzida com roedores, demonstrou que a sucralose modificou a composição do microbioma intestinal, elevando as espécies bacterianas responsáveis pela degradação da arginina, e diminuindo os níveis desse aminoácido no sangue, no fluido tumoral e nas fezes.

É negativo, pois a arginina é essencial para a função das células T, presentes no sistema imunológico e responsáveis por combater infecções e células anormais – incluindo as células cancerígenas.

Em pacientes submetidos a imunoterapia, o risco é ainda maior, uma vez que fármacos contendo inibidores do ponto de controle imunológico, como o anti-PD1, promovem o aumento da atividade das células T no enfrentamento do câncer.

Quando os níveis de arginina foram reduzidos devido a alterações no microbioma induzidas pela sucralose, as células T não conseguiram funcionar adequadamente, explica Overacre. Como resultado, a imunoterapia não foi tão eficaz em camundongos alimentados com sucralose, completa.

A suplementação de sucralose na dieta de animais com melanoma e adenocarcinoma inibiu a terapia anti-PD1, resultando em tumores maiores e menor sobrevida. Contudo, a adição de arginina ou citrulina (que eleva os níveis de arginina no sangue) aos camundongos alimentados com sucralose restabeleceu a eficácia da imunoterapia.

E em humanos?

Os pesquisadores avaliaram a importância dessas descobertas em humanos, analisando 13 pacientes com melanoma avançado ou câncer de pulmão de células não pequenas que receberam imunoterapia individualmente ou em combinação com quimioterapia.

Os pacientes responderam a questionários minuciosos acerca do histórico alimentar, abrangendo informações sobre a frequência de consumo de adoçantes artificiais em café, chá e refrigerantes diet.

Descobriram que a sucralose comprometeu a eficácia das imunoterapias em vários tipos, fases e formas de tratamento de câncer, afirma Diwakar Davar, principal autor do estudo. Essas observações sugerem a possibilidade de criar prebióticos, como a suplementação nutricional direcionada para pacientes que utilizam altas doses de sucralose.

Os pesquisadores planejam conduzir um estudo clínico para avaliar se a citrulina, por meio de suplementação, influencia o microbioma intestinal e a resposta imune antitumoral em pacientes.

Aditivo artificial pode elevar risco cardiovascular, indicam estudo.

Fonte por: CNN Brasil

Aqui no Clique Fatos, nossas notícias são escritas com a ajudinha de uma inteligência artificial super fofa! 🤖💖 Nós nos esforçamos para trazer informações legais e confiáveis, mas sempre vale a pena dar uma conferida em outras fontes também, tá? Obrigado por visitar a gente você é 10/10! 😊 Com carinho, Equipe Clique Fatos📰 (P.S.: Se encontrar algo estranho, pode nos avisar! Adoramos feedbacks fofinhos! 💌)