Strava se prepara para IPO em Nova York visando expandir aquisições e manter liderança no setor fitness
Com mais de 50 milhões de usuários ativos mensais, aplicativo de monitoramento busca investimentos para expandir operações e superar concorrentes como Garmin e …
Strava planeja abertura de capital na Bolsa de Nova York
O Strava, aplicativo voltado para monitoramento de corridas e atividades físicas, está se preparando para realizar uma oferta pública inicial (IPO) na Bolsa de Nova York. A intenção é captar recursos para novas aquisições e fortalecer sua posição como a principal plataforma do setor, especialmente em um momento em que a corrida se destaca como o esporte de maior crescimento global, conforme relatório do próprio aplicativo.
Michael Martin, CEO da plataforma, revelou ao Financial Times que a abertura de capital está nos planos da empresa, embora ainda não exista uma data definida para isso. “Uma listagem proporciona fácil acesso a capital, caso quiséssemos realizar aquisições maiores e em maior número”, comentou o executivo.
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Detalhes sobre o IPO e avaliação da empresa
Em setembro, a Reuters noticiou que o Strava convidou os bancos Goldman Sachs e JPMorgan para liderar o processo de abertura de capital. A empresa foi avaliada em US$ 2,2 bilhões durante uma rodada de financiamento finalizada em maio, segundo informações da PitchBook.
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Desde sua fundação em 2009, o Strava ganhou destaque, especialmente após a pandemia de Covid-19. Em 2025, o aplicativo registrou uma média de 50 milhões de usuários ativos mensalmente, de acordo com a consultoria Sensor Tower, que também revelou que os usuários gastaram mais de US$ 180 milhões com o plano Strava Premium no último ano.
Crescimento e concorrência no mercado
Os downloads do aplicativo aumentaram 80% em um ano até setembro, em comparação com 2024. “Perfis de crescimento como o nosso são particularmente incomuns, especialmente nessa escala. Isso atrai muita atenção, principalmente de banqueiros”, destacou Martin ao Financial Times.
A abertura de capital está alinhada com a estratégia do Strava de se consolidar como líder entre os aplicativos de monitoramento de exercícios, especialmente em meio a uma disputa judicial com a Garmin, conhecida por seus smartwatches e dispositivos GPS.
Disputa com a Garmin e aquisições recentes
As duas empresas tinham uma parceria antiga, que foi rompida após o Strava acusar a Garmin de violação de patentes e quebra de contrato firmado em 2015. O acordo permitia a integração do Strava Live Segments aos relógios da Garmin.
Recentemente, o Strava alegou que a Garmin teria se beneficiado da colaboração para estudar as tecnologias do Segments e replicá-las em seus dispositivos. Essas funcionalidades possibilitam visualizar mapas de calor e zonas de maior atividade física. Além do Garmin Connect, o Strava também enfrenta concorrência de plataformas das marcas Nike e Adidas.
Para fortalecer suas ferramentas e expandir sua atuação em diversas modalidades esportivas, o Strava adquiriu recentemente a Runna, um aplicativo de treinos personalizados, e a The Breakaway, voltada ao ciclismo. Com o IPO se aproximando, a empresa busca continuar ampliando recursos para diferentes categorias de atividade física, além de aprimorar suas tecnologias focadas na corrida, que é o núcleo do seu negócio.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.