StoneX: Importação de diesel atinge patamar histórico no primeiro semestre, ao mesmo tempo em que o refino registra queda

O Brasil importou 7,9 bilhões de litros de diesel A no período de janeiro a junho.

08/07/2025 17:39

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StoneX: Importação de diesel atinge patamar histórico no primeiro semestre, ao mesmo tempo em que o refino registra queda
(Imagem de reprodução da internet).

As importações de diesel A (sem mistura de biodiesel) para o Brasil aumentaram 13,2% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo um volume recorde, devido à menor atividade das refinarias brasileiras e a um mercado que impulsionou compras externas, segundo a consultoria StoneX.

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O Brasil importou 7,9 bilhões de litros de diesel A no período de janeiro a junho, sendo a principal origem a Rússia, conforme dados da consultoria.

A StoneX destacou, em relatório, que, entre janeiro e maio, as vendas de diesel A no mercado doméstico aumentaram 2,1%, enquanto a produção das refinarias diminuiu 2,4%.

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O movimento provocou um incremento do déficit na balança brasileira de combustíveis, que foi, por fim, amenizado por um crescimento das importações.

Adicionalmente, as significativas quedas nos preços do petróleo e do diesel no mercado internacional impactaram uma maior competitividade do combustível oferecido por outros países em certas épocas do ano.

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Essa janela ampliada foi observada principalmente a partir de fevereiro – em meio ao ajuste positivo dos preços de venda da Petrobras, o início da queda das cotações no mercado internacional e a valorização do real –, estendendo-se até meados de junho, disse a StoneX em relatório.

A consultoria apontou que, durante abril e maio, apesar dos três ajustes de baixa implementados pela Petrobras em suas refinarias, houve o período de maior atratividade do produto externo, “em face do escoamento dos contratos futuros de petróleo e seus derivados”.

A redução nos preços foi resultado do estabelecimento da nova política tarifária dos Estados Unidos e da decisão da Opep+ de intensificar o aumento da produção de barris nos meses subsequentes.

A Rússia manteve a primeira posição nas vendas de diesel ao Brasil, com 4,86 bilhões de litros. Contudo, o país observou uma queda nas vendas em relação ao mesmo período de 2024, de 3,7%.

A participação russa nas vendas totais de diesel no Brasil também diminuiu, de 71,9% para 61,3%, enquanto os Estados Unidos aumentaram sua participação, de 6,4% para 24,7%, assumindo a segunda posição no ranking, com 1,96 bilhão de litros, ultrapassando os Emirados Árabes Unidos.

Gasolina

As importações de gasolina A (sem adição de etanol anidro) diminuíram 12% no primeiro semestre, atingindo 1,2 bilhão de litros, o menor volume desde 2022, mesmo com o aumento do consumo.

Isso responde a alguns fatores. Destaca-se a dinâmica de paridade de importação, com a janela permanecendo “fechada” pela maior parte do semestre, afirmou a StoneX, ressaltando que houve ainda um crescimento da oferta de gasolina A pelas refinarias domésticas.

A Rússia também foi o principal país exportador de gasolina para o Brasil, entre janeiro e junho, com 39,1% do volume, seguido pelos Estados Unidos (32,8%) e Holanda (15,6%).

Essa tendência aponta para uma maior proximidade com o mercado de combustíveis russo, considerando que Moscou respondeu por menos de 18% das importações no primeiro semestre de 2024, conforme destacado pela consultoria, com base em dados oficiais do governo.

Isso pode indicar valores mais vantajosos, em uma situação análoga àquela vista para o óleo diesel.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.