Réus devem ser condenados no mesmo dia, segundo as expectativas.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade, nesta terça-feira (21), ao julgamento dos réus do núcleo quatro da ação relacionada à tentativa de golpe de Estado, que são acusados de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
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A expectativa é que a decisão sobre os réus ocorra ainda hoje. Na sessão anterior, realizada na última terça-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou suas argumentações, assim como as defesas dos réus. O ministro Alexandre de Moraes leu seu relatório, que é favorável à condenação do grupo.
O julgamento será retomado com o voto de Moraes, seguido pelos votos de Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino. Se os réus forem condenados, os ministros também definirão a dosimetria, que é o cálculo das penas a serem aplicadas.
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Na última sessão, a PGR argumentou que os acusados disseminaram “notícias falsas sobre o processo eleitoral” e realizaram “ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo”. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de todos, afirmando que as campanhas promovidas pelos réus foram essenciais para o levante popular contra as instituições democráticas.
O ministro Alexandre de Moraes destacou que “os réus propagaram sistematicamente notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses da organização criminosa”.
Este é o segundo de quatro núcleos que estão sendo julgados pelo STF. O primeiro núcleo foi julgado em setembro, resultando na condenação de Jair Bolsonaro (PL) e outros seis réus por tentativa de golpe de Estado, com uma pena de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente. Os julgamentos dos núcleos 2 e 3 estão previstos para novembro e dezembro deste ano, respectivamente.
Todos os réus respondem por crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
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Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.