STF julga que decisões da Operação Lava Jato contra o ex-senador Paulo Bernardo foram ilegais

A Segunda Turma anulou a liminar de Dias Toffoli.

31/08/2025 11:36

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(Imagem de reprodução da internet).

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal validou a decisão do ministro Dias Toffoli de invalidar todos os atos da Operação Lava Jato referentes ao ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. A medida também interrompeu uma ação penal em curso na Justiça Federal de São Paulo.

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O julgamento transcorreu em formato virtual e foi concluído na última sexta-feira, 29. Votaram pela anulação da liminar Toffoli, Kassio Nunes Marques e Gilmar Mendes. Ficaram vencidos Edson Fachin e André Mendonça, que discordaram do relator.

Bernardo recebeu a extensão em seu favor decorrente de uma decisão de Toffoli que invalidou os atos da operação contra o advogado Guilherme de Salles Gonçalves, alvo de duas ações da Polícia Federal em investigações relacionadas à Lava Jato.

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Em uma liminar, datada de junho, Toffoli citou um acordo prévio entre o então juiz Sergio Moro e procuradores da força-tarefa do Ministério Público Federal. Segundo o ministro, houve um “prévio acordo entre acusação e magistrado para a deflagração de operações policiais” contra Gonçalves e Bernardo.

Diante de circunstância evidente que anula a validade dos atos processuais praticados em detrimento do requerente, é inegável a coincidência de situações jurídicas.

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Em 2023, o ministro já havia revogado o emprego de provas do acordo de leniência da Odebrecht envolvendo Paulo Bernardo em um processo penal no Rio Grande do Sul, referente a supostas práticas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, relacionadas a contratos da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, a Trensurb.

Naquele ano, o STF rejeitou unânime denúncia contra a então presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e Paulo Bernardo por suposta participação em organização criminosa.

Fonte por: Carta Capital

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.