STF julga prisão de “Careca do INSS” em esquema de fraudes no INSS

Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”, preso em operação da Polícia Federal em 12 de setembro.

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Julgamento do STF Decide sobre Prisão Preventiva de “Careca do INSS

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta sexta-feira, 26, o julgamento virtual da prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, determinada pelo ministro André Mendonça em 11 de setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão final sobre a manutenção ou revogação da medida será tomada após a análise dos votos dos demais ministros. A sessão virtual marca um momento crucial no caso, que envolve acusações de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS.

Investigação e Acusações

Antunes, apontado pela Polícia Federal como peça central em um esquema de fraudes, permanece preso desde 12 de setembro. A investigação aponta que suas empresas atuavam como intermediárias financeiras de entidades associativas, movimentando milhões de reais de forma suspeita.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a PF, as empresas de Antunes recebiam recursos de associações sindicais e entidades relacionadas, enquanto ele mantinha vínculos com servidores do INSS, atuando como lobista e utilizando suas companhias para lavagem de dinheiro. A complexidade do esquema e o volume de recursos envolvidos geraram grande atenção das autoridades.

Participação na CPI do INSS

Na quinta-feira (25), o empresário compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, no Senado, onde negou envolvimento nas fraudes e afirmou que suas empresas prestaram apenas serviços regulares. Ele alegou que sua prisão foi baseada em “mentiras” e buscou esclarecer a situação.

LEIA TAMBÉM!

O depoimento na CPI foi uma oportunidade para Antunes apresentar sua versão dos fatos e contestar as acusações que o incriminavam. A audiência gerou debates e questionamentos sobre a condução da investigação e a validade das provas.

Bens e Viagens sob Investigação

Durante a investigação, a Polícia Federal identificou um conjunto de bens e viagens que levantam suspeitas. Um relatório sigiloso listou 11 carros de luxo, incluindo Porsches e BMWs, além de 40 viagens internacionais entre 2023 e 2024, principalmente para a Europa e os Estados Unidos.

A compra de uma casa nos EUA e a proximidade de uma viagem ao exterior pouco antes da Operação Sem Desconto foram consideradas fatores de risco de fuga, intensificando as investigações e a pressão sobre o empresário. A complexidade do caso e a busca por evidências concretas são os focos da análise do STF.

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.

Sair da versão mobile