Julgamento do STF Decide sobre Prisão Preventiva de “Careca do INSS“
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, nesta sexta-feira, 26, o julgamento virtual da prisão preventiva de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, determinada pelo ministro André Mendonça em 11 de setembro.
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A decisão final sobre a manutenção ou revogação da medida será tomada após a análise dos votos dos demais ministros. A sessão virtual marca um momento crucial no caso, que envolve acusações de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS.
Investigação e Acusações
Antunes, apontado pela Polícia Federal como peça central em um esquema de fraudes, permanece preso desde 12 de setembro. A investigação aponta que suas empresas atuavam como intermediárias financeiras de entidades associativas, movimentando milhões de reais de forma suspeita.
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Segundo a PF, as empresas de Antunes recebiam recursos de associações sindicais e entidades relacionadas, enquanto ele mantinha vínculos com servidores do INSS, atuando como lobista e utilizando suas companhias para lavagem de dinheiro. A complexidade do esquema e o volume de recursos envolvidos geraram grande atenção das autoridades.
Participação na CPI do INSS
Na quinta-feira (25), o empresário compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS, no Senado, onde negou envolvimento nas fraudes e afirmou que suas empresas prestaram apenas serviços regulares. Ele alegou que sua prisão foi baseada em “mentiras” e buscou esclarecer a situação.
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O depoimento na CPI foi uma oportunidade para Antunes apresentar sua versão dos fatos e contestar as acusações que o incriminavam. A audiência gerou debates e questionamentos sobre a condução da investigação e a validade das provas.
Bens e Viagens sob Investigação
Durante a investigação, a Polícia Federal identificou um conjunto de bens e viagens que levantam suspeitas. Um relatório sigiloso listou 11 carros de luxo, incluindo Porsches e BMWs, além de 40 viagens internacionais entre 2023 e 2024, principalmente para a Europa e os Estados Unidos.
A compra de uma casa nos EUA e a proximidade de uma viagem ao exterior pouco antes da Operação Sem Desconto foram consideradas fatores de risco de fuga, intensificando as investigações e a pressão sobre o empresário. A complexidade do caso e a busca por evidências concretas são os focos da análise do STF.
