O Supremo Tribunal Federal (STF) analisou nesta terça-feira (23 de dezembro de 2025) o pedido de internação do ex-presidente Jair Bolsonaro para realizar uma cirurgia de emergência. A solicitação foi feita pela defesa do ex-presidente, que busca que o procedimento seja realizado na quarta-feira (24 de dezembro) ou na quinta-feira (25 de dezembro), feriado de Natal.
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A decisão veio após a análise de um laudo pericial da Polícia Federal (PF), que indica a necessidade urgente de uma herniorrafia inguinal bilateral, um procedimento cirúrgico para tratar de hérnias na região inguinal. O diagnóstico é agravado por soluços constantes, que prejudicam o sono e a alimentação do ex-presidente, que cumpre atualmente 27 anos de prisão por coordenar um plano de golpe após as eleições de 2022.
Desde o dia 22 de novembro de 2025, Bolsonaro está preso em uma cela individual na superintendência da PF em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, negou o pedido de transferência para a prisão domiciliar, determinando um prazo para que a defesa apresente um cronograma detalhado com as datas da cirurgia eletiva.
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O magistrado ressaltou que o atendimento médico necessário pode ser prestado dentro das normas de execução penal vigentes, e que o atendimento deve adequar-se aos horários da Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, e não o contrário.
A defesa de Bolsonaro havia solicitado a retomada da prisão domiciliar alegando que o estado de saúde do ex-presidente é grave e complexo, mas a decisão do STF foi que a cirurgia era a solução.
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A defesa de Bolsonaro, em 9 de dezembro, apresentou um relatório médico detalhado, que indicava a necessidade de um exame de ultrassom na Superintendência da PF, que foi realizado no domingo (14 de dezembro). Os resultados confirmaram a presença de duas hérnias inguinais, e a equipe médica recomendou a cirurgia como o único tratamento definitivo.
Após a realização do exame, peritos da PF foram autorizados a realizar exames médicos no ex-presidente, que foram realizados nesta quarta-feira (17 de novembro). O advogado João Henrique Nascimento de Freitas informou que as hérnias foram diagnosticadas e que a equipe médica recomendou a cirurgia.
