STF Discute Código de Conduta Inspirado no Tribunal Alemão
O ministro Luiz Edson Fachin, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está liderando a elaboração de um código de conduta interno para os integrantes da Corte. A iniciativa visa garantir a transparência na divulgação de valores recebidos por ministros em palestras e eventos privados.
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Segundo a assessoria do STF, o projeto ainda não está em discussão em uma sessão plenária e busca se inspirar no modelo adotado pelo Tribunal Federal Constitucional da Alemanha.
Base Alemã e Transparência
O documento alemão, que regula a participação de juízes em eventos e publicações, é a principal referência para o código que Fachin está propondo. A ideia central é estabelecer regras claras sobre a remuneração dos ministros em atividades fora do âmbito oficial, buscando evitar qualquer percepção de influência indevida.
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Diálogo em Andamento
Fachin tem defendido a criação do código desde antes de assumir a presidência do STF, em setembro deste ano. Atualmente, o ministro busca estabelecer um consenso entre os demais ministros para formalizar o documento. A busca por um entendimento mútuo é fundamental para a aprovação do código.
Regras Detalhadas do Tribunal Alemão
O código alemão, que possui 16 artigos, aborda a atuação dos juízes em eventos públicos, publicações acadêmicas e até mesmo em entrevistas. Uma das principais regras é que os ministros podem ser remunerados por palestras, desde que não questionem a independência e a reputação do tribunal.
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Os valores pagos são divulgados no site oficial do tribunal alemão.
Restrições e Condições
Além da remuneração, o código alemão estabelece que a participação dos juízes em veículos de mídia deve ser compatível com a “reputação do Tribunal e a dignidade do cargo”. Há também uma previsão de um período de afastamento de um ano após a aposentadoria, sem atividades jurídicas ou pareceres técnicos sobre questões constitucionais.
