Supremo Tribunal Federal Inicia Julgamento do Núcleo Quatro da Trama Golpista
Na manhã desta terça-feira, 14, o Supremo Tribunal Federal (STF) dá início ao julgamento do núcleo quatro da trama golpista, que é acusado de disseminar desinformação para prejudicar as eleições de 2022. A Corte programou seis sessões, que se estenderão até o dia 22 de outubro, para avaliar os casos dos sete réus envolvidos.
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Em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de todos os réus do núcleo pelos cinco crimes que lhes são imputados. As defesas, por sua vez, solicitam a absolvição dos acusados.
Integrantes do Núcleo Quatro
Os réus deste núcleo incluem o ex-major do Exército Ailton Barros, o sargento Giancarlo Rodrigues, o policial federal Marcelo Bormevet, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, o major da reserva Angelo Denicoli e o engenheiro Carlos Rocha.
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A denúncia alega que os sete integrantes do núcleo quatro atuaram de maneira coordenada com o núcleo central. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que os membros desse grupo “propagaram notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo”.
Acusações e Crimes Imputados
A PGR solicita que os réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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Entre as acusações, Ailton Barros é acusado de participar de ataques contra os comandantes do Exército e da Aeronáutica por não apoiarem o plano golpista. Em depoimento ao STF, ele alegou que interpretou os pedidos do general Braga Netto como “choradeira de perdedor de campanha”.
Depoimentos e Relações
Ailton Barros afirmou que não tem relação com Braga Netto, mantendo contato apenas por interesse político nas eleições do Rio de Janeiro. Ele foi candidato a deputado estadual em 2022 e disse que a primeira mensagem enviada ao general foi um erro.
Giancarlo Rodrigues e Marcelo Bormevet, que trabalharam na Abin durante a gestão do deputado Alexandre Ramagem, são acusados de promover desinformação contra opositores. A denúncia indica que eles integravam a chamada “Abin Paralela” e usaram informações falsas para atacar o sistema eleitoral.
Outros Réus e Suspeitas
Os coronéis Reginaldo Vieira de Abreu, Guilherme Marques Almeida e o major da reserva Angelo Denicoli são suspeitos de divulgar informações falsas sobre as urnas. Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, também é mencionado, pois sua organização ajudou a embasar uma ação do PL pedindo a anulação de parte dos votos.
Calendário do Julgamento
As sessões para o julgamento do núcleo quatro estão agendadas da seguinte forma:
- 14 de outubro: duas sessões, manhã e tarde
- 15 de outubro: uma sessão, manhã
- 21 de outubro: duas sessões, manhã e tarde
- 22 de outubro: uma sessão, manhã