Stephen King e o Macroverso: Uma Mitologia Complexa Revelada

Stephen King revolucionou o terror com seu macroverso complexo. A Torre Negra é a base, conectando universos e personagens. Maturin, o guardião, protege o Mundo Completo e o espaço toadash, portal para criaturas como Pennywise. O Rei Rubro manipula as Luzes da Morte, ligando a origem de Pennywise ao macroverso

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(Imagem de reprodução da internet).

A Complexa Mitologia de Stephen King e o Macroverso

Stephen King é um autor que revolucionou o gênero do terror, e sua obra se distingue pela criação de um universo narrativo incrivelmente complexo. Com mais de 65 romances, além de contos e roteiros, ele construiu um sistema narrativo que se tornou conhecido como “macroverso”.

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Mas o que exatamente é esse macroverso e como ele se encaixa nas histórias de King?

O macroverso, em essência, é um multiverso interconectado, onde eventos e personagens de diferentes histórias de King se cruzam e se influenciam. A base desse sistema é a série “A Torre Negra”, iniciada em 1982, que estabelece a existência de uma estrutura cósmica centralizada na Torre Negra.

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Essa torre, localizada no centro da criação, mantém o equilíbrio entre o “Mundo Completo” – o universo principal onde a maior parte das histórias de King se passam – e infinitos universos alternativos que surgem do chamado “Prim”. O Prim é um vazio caótico e sem limites, de onde tudo emerge, incluindo entidades como Gan, uma entidade divina que se assemelha a um deus.

A Chave: Maturin e o Espaço Toadash

Um elemento central do macroverso é o papel de Maturin, um guardião que aparece pela primeira vez no romance “It: A Coisa”. Maturin é retratado como uma figura sábia e benevolente, responsável por proteger o Mundo Completo e seus feixes, que sustentam a Torre Negra.

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Ele é capaz de “vomitar” o universo principal, revelando a natureza do macroverso.

Outro componente crucial é o “espaço toadash”, um vazio interdimensional que serve como um portal entre os universos. É nesse espaço que residem a maioria dos monstros de King, criaturas que se alimentam do medo e da desorientação daqueles que se perdem nesse vazio.

Pennywise e as Luzes da Morte

A criatura mais icônica do universo de King, Pennywise, também está intrinsecamente ligada ao macroverso. A forma original de Pennywise, a Coisa, é uma entidade alienígena que se manifesta a cada 27 anos, mas sua verdadeira essência reside nas “Luzes da Morte”, uma forma de energia sobrenatural que vem diretamente do espaço toadash.

As Luzes da Morte são descritas como um turbilhão de luzes radiantes, tão intensas que podem enlouquecer quem as observa. Essa energia é manipulada pelo Rei Rubro na série “A Torre Negra”, conectando a origem de Pennywise, o macroverso e um dos maiores vilões da mitologia de King.

Conexões e Expansões do Macroverso

A complexidade do macroverso se expande através de outras obras de King. O romance “O Nevoeiro” (The Mist), por exemplo, introduz a ideia de que o Projeto Ponta de Flecha, um experimento governamental ultrassecreto, abriu uma fissura na realidade, conectando o mundo de “O Nevoeiro” ao espaço toadash.

Essa conexão permite que criaturas de outros universos invadam a Terra, como as que atacam a cidade de Bridgton, no Maine. A descrição dessas criaturas lembra as que habitam o espaço toadash, reforçando a ideia de que o macroverso é um sistema interconectado e em constante expansão.

O Legado do Macroverso

O macroverso de Stephen King é um sistema narrativo complexo e fascinante, que continua a ser explorado e expandido por seus fãs. A interconexão entre as histórias, a presença de criaturas sobrenaturais e a exploração de temas como medo, inocência e a natureza da realidade, tornam a obra de King uma fonte inesgotável de interpretações e teorias.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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