Starbucks cortará 1% de suas lojas e demitirá 900 funcionários em plano de reestruturação de US$ 1 bilhão.
A presença onipresente da Starbucks, com suas lojas em quase todas as esquinas, parece estar passando por uma transformação. Após anos de expansão implacável, a gigante do café está agora implementando uma reestruturação significativa, fechando 1% de suas lojas na América do Norte e demitindo 900 funcionários corporativos. Essa mudança estratégica é impulsionada por uma série de fatores, incluindo maior concorrência, inflação e alterações no comportamento do consumidor.
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A decisão de fechar lojas, que impacta aproximadamente 400 unidades, é justificada pela avaliação da Starbucks de que algumas lojas não atendiam às expectativas de clientes e parceiros, ou não eram lucrativas. Essa reavaliação se alinha com a migração dos consumidores dos centros urbanos durante a pandemia de Covid-19, conforme observado por RJ Hottovy, analista da Placer.ai.
A rede está se desfazendo de contratos de aluguel em áreas com menor movimento, e enfrenta pressão de cafeterias independentes e redes concorrentes, como Blank Street Coffee e Blue Bottle. Além disso, o preço elevado dos produtos da Starbucks tem sido um fator de dissuasão, com mais de 70% dos consumidores citando o preço como motivo para reduzir as visitas nos próximos 12 meses, de acordo com uma pesquisa da UBS.
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O CEO da Starbucks, Brian Niccol, está buscando reposicionar a marca como um “terceiro lugar” entre casa e trabalho, após anos de dificuldades e erros estratégicos. A empresa está implementando medidas como a retomada da tradição de baristas desenhando nos copos, o restabelecimento das estações de autoatendimento de leite e açúcar, e a redução de 30% do menu de comidas e bebidas.
A Starbucks também está investindo na renovação de 1 mil lojas, representando 10% de suas unidades próprias nos EUA, com o objetivo de criar um ambiente mais convidativo com cadeiras, sofás, mesas e tomadas elétricas. Essa iniciativa visa atrair clientes que desejam sentar para tomar um café e melhorar a experiência geral nas lojas.
Apesar dos desafios, analistas como Peter Saleh da BTIG acreditam que a Starbucks está seguindo na direção certa sob a liderança de Brian Niccol. Ele espera que as mudanças implementadas comecem a gerar resultados significativos no futuro, possivelmente até o início ou meados de 2026.
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Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.