Star Wars: Visions 3 encanta com foco no Japão

Star Wars: Visions alcança consenso raro em franquia dividida.

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(Imagem de reprodução da internet).

Star Wars: Visions Volume 3 – Uma Celebração da Arte Anime

Desde seu lançamento como projeto experimental, Star Wars: Visions se destacou como um consenso dentro de uma franquia conhecida por suas divisões. Ao priorizar a liberdade criativa de artistas apaixonados, abandonando o cânone tradicional, a série se estabeleceu como uma antologia que celebra a estética de forma única.

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No Volume 3, a proposta aprofunda essa jornada, com um foco exclusivo nos estúdios japoneses, refletindo o berço visual e espiritual da própria saga Star Wars.

Este retorno ao Japão não representa um retrocesso, mas sim uma reafirmação da identidade da série. Pela primeira vez, Visions convida alguns dos estúdios que participaram do primeiro volume para revisitar suas obras, resultando em continuações de histórias que já eram muito apreciadas pelos fãs.

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Episódios como “O Duelo: Retribuição”, “Os Perdidos” e “O Nono Jedi: Filha da Esperança” surgem como expansões legítimas de mundos já apresentados.

Essas continuações se sustentam por si só, explorando ideias e atmosferas com maior maturidade e peso dramático. “O Nono Jedi: Filha da Esperança”, em particular, assume um papel ambicioso. Além de dar continuidade ao curta do Volume 1, o novo episódio serve como ponto de partida para uma série completa em anime, intitulada “O Nono Jedi”, com estreia prevista para 2026 no Disney+.

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Este é o primeiro caso de uma história nascida em Visions que será transformada em narrativa serializada.

Ao mesmo tempo, o Volume 3 reúne nove curtas que resgatam a identidade anime do primeiro ano, aprimorando-a. As histórias dialogam com temas recorrentes da mitologia Star Wars – como legado, poder e identidade – mas são filtradas por sensibilidades narrativas e visuais que apenas a animação japonesa consegue oferecer.

Cada episódio é autoral ao extremo, e juntos formam uma tapeçaria que trata a Força não como um conceito fixo, mas como um sentimento mutável, moldado pelo ponto de vista de quem a experimenta.

A variedade estilística dentro de um mesmo contexto é um destaque. Do traço minimalista ao mais detalhado, do preto e branco às cores explosivas, da ação visceral à contemplação quase poética, tudo encontra espaço. Mesmo sem a diversidade internacional do Volume 2, os episódios capturam múltiplas perspectivas do que significa existir em um universo marcado pelo domínio do Império, pelo peso da tradição Jedi e pelo silêncio da galáxia diante da dor individual.

Mais uma vez, a série demonstra que Star Wars não precisa ser preso à cronologia, às sagas Skywalker ou ao ciclo de planetas e naves. Os curtas do Volume 3 revelam que a galáxia criada por George Lucas é rica o suficiente para ser reimaginada mil vezes, mantendo sua essência.

A animação, nesse caso, não é apenas um recurso estético – é uma linguagem que permite explorar o lado mais criativo desse universo. O que Visions 3 entrega é mais do que uma coletânea de episódios: é uma declaração de que Star Wars pode ser arte, intimista, política sem ser panfletária, e principalmente, pessoal.

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.

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