Stablecoins: entenda o que são e a nova tendência no mercado financeiro!

Criptomoedas atreladas a ativos tradicionais estão no mercado há anos, mas agora alcançam novo patamar com o crescente interesse de grandes empresas e governos….

14/10/2025 15:20

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Stablecoins: A Revolução Financeira Segundo Donald Trump

As stablecoins foram definidas este ano pelo presidente Donald Trump como a “maior revolução para as finanças desde a internet”. Instituições financeiras como JPMorgan, Bank of America e Goldman Sachs estão explorando a criação de suas próprias stablecoins. O Citi estima que esse mercado pode ultrapassar US$ 1 trilhão até 2030.

Se você ainda não conhece as stablecoins, é hora de se informar. Essa classe de ativos é considerada uma das principais tendências do mercado financeiro nos próximos anos, funcionando como uma ponte entre criptomoedas e finanças tradicionais.

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A Nova Era da Economia Digital

Uma nova era da economia digital está emergindo com as stablecoins. Esses ativos têm o potencial de transformar a maneira como as operações transfronteiriças são realizadas. A conexão com o dólar também facilita a exposição à moeda norte-americana, aumentando a popularidade das stablecoins no Brasil e no mundo.

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O Que São Stablecoins?

Stablecoins são um tipo específico de criptomoeda que mantém paridade com outro ativo. Isso significa que seu valor é sempre estável, o que justifica o nome (moeda estável). Por exemplo, 1 unidade de uma stablecoin atrelada ao real sempre valerá R$ 1.

Essas criptomoedas podem ser vinculadas a diferentes ativos do mundo real, como moedas fiduciárias, metais preciosos e commodities agrícolas, sendo a paridade com o dólar a mais comum. Atualmente, as stablecoins atreladas ao dólar representam mais de 90% da capitalização de mercado do setor, que ultrapassou os US$ 300 bilhões este ano.

Usos das Stablecoins

As stablecoins surgiram em 2014 com o objetivo de facilitar a “entrada e saída” de capital no mercado de criptomoedas. Naquela época, investidores enfrentavam dificuldades para converter criptomoedas em moedas fiduciárias e vice-versa.

A proposta era oferecer versões dessas moedas fiduciárias em redes blockchain, simplificando o processo. Com o tempo, as stablecoins ganharam novas utilidades, à medida que suas vantagens foram reconhecidas pelo mercado.

Diferenças Entre Stablecoins e Criptomoedas

A principal diferença entre stablecoins e criptomoedas está na estabilidade de seus valores. Enquanto as criptomoedas apresentam variações constantes de preço, as stablecoins mantêm um valor fixo, como 1 USDT sempre valendo US$ 1. Para garantir essa paridade, os emissores devem manter reservas de ativos correspondentes.

Tanto as stablecoins quanto as criptomoedas compartilham características tecnológicas, sendo criadas e armazenadas em redes blockchain, o que confere potencialidades comuns a ambas as classes do mercado cripto.

Funcionamento das Stablecoins

Cada unidade de uma stablecoin é criada e registrada em uma rede blockchain, com a criação ocorrendo a partir da demanda dos usuários. O emissor deve ter uma reserva equivalente de ativos que assegurem que todas as unidades mantenham o mesmo valor do ativo ao qual estão pareadas.

As stablecoins podem ser oferecidas em corretoras de criptomoedas ou instituições financeiras. Elas também podem ser “queimadas”, o que envolve a conversão da criptomoeda em moeda fiduciária ou outro ativo pareado.

O mercado já teve projetos de stablecoins algorítmicas, onde a paridade não era garantida por reservas, mas por lógica algorítmica. No entanto, esses projetos perderam espaço após o colapso do ecossistema Terra/Luna.

Quando uma stablecoin perde a paridade com seu ativo, o fenômeno é chamado de “depeg”. Se a paridade não for recuperada, o ativo pode perder sua base de usuários e seu valor.

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.