St Vincent e Laufey apresentam uma edição notável no Popload Festival

A nona edição do Popload Festival ocorreu no último sábado (31) no Parque do Ibirapuera.

02/06/2025 19:15

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SP - POPLOAD/FESTIVAL - GERAL - A cantora islandesa Laufey se apresenta na edição 2025 do Popload Festival, que acontece na área externa do Auditório Ibirapuera neste sábado (31). 31/05/2025 - Foto: EMERSON SANTOS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
SP - POPLOAD/FESTIVAL - GERAL - A cantora islandesa Laufey se apresenta na edição 2025 do Popload Festival, que acontece na área externa do Auditório Ibirapuera neste sábado (31). 31/05/2025 - Foto: EMERSON SANTOS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Foi positivo o ambiente em um festival com ênfase na música. Essa foi a atmosfera da nona edição do Popload Festival, no Parque do Ibirapuera, no último sábado (31), com destaque para a experiente, porém sempre inovadora, St Vincent, e a novata Laufey, que fez sua estreia no Brasil em meio a lançar um novo álbum. Aos 42 anos, St Vincent continuou provando que possui um repertório amplo e eletrizante. Durante uma hora, a americana misturou sucessos conhecidos do público, como Los Ageless e New York, com as canções do álbum mais recente, All Born Screaming. Lançado em abril do ano passado, o disco é o sétimo da carreira solo da artista e o primeiro produzido por ela mesma.Para um público não tão atento, a escolha de uma música do último trabalho para abrir o show pode parecer ousada. No entanto, a ousadia é uma marca de St Vincent, que transitou por diversas fases da longa trajetória musical, alternando entre elas com muito sucesso e encantando o público com os riffs magnéticos de guitarra. Para delírio dos fãs, a cantora ainda se apresentou na grade em Nova York, em uma apresentação digna de pop star de alto nível.Já Laufey é uma pop star em potencial. A cantora islandesa veio pela primeira vez ao Brasil e saiu impressionada com o público, que se impressionou na mesma medida. Com apenas 26 anos, a artista mostra maturidade com a mistura de jazz e bossa nova, sem esconder os traços do pop que fazem lembrar nomes como Mitski e até mesmo Taylor Swift, e deu uma amostra do novo álbum, A Matter of Time, com lançamento programado para agosto.Após sua apresentação solo com Hozier na noite anterior ao festival, Laufey foi a responsável por atrair um público mais jovem ao Ibirapuera – principalmente meninas acompanhadas pelos pais. Nada que a intimidasse. Durante o show, a islandesa demonstrou total destreza e simpatia levemente disfarçada pela timidez de quem realizava seus primeiros shows nos palcos nacionais. Houve uma série de exaltações à música brasileira e uma promessa de retorno em breve, percebendo que a temperatura da carreira aumentou ao final da apresentação.A principal artista do sábado foi a cantora americana Norah Jones, que também realizou o show mais extenso do festival, com duração de uma hora e quinze minutos. Com confiança, iniciou a apresentação ao piano, mantendo uma atmosfera leve que desagradou parte do público, com algumas manifestações de descontentamento quando alguns amplificadores falharam durante uma das músicas.Jones apresentou uma apresentação mais concisa que os shows, com a participação especial de Samuel Rosa, do Skank, em uma união que deu muito certo. A colaboração entre eles não foi a primeira, após o registro do Conexão Balaclava em 2021, com três músicas. Essas três, aliás, entraram no repertório do sábado: Medo, representando o grupo paulistano, e Balada do Amor Inabalável e Respostas, representando os mineiros.O principal foco recaiu sobre Programação Normal, o que gerou expectativa no público para o show final do mês em São Paulo, e também incluiu a participação de Samuel, que interpretou “Dia Lindo”, a música que fechou a apresentação. Lamentavelmente, “Ainda Gosto Dela”, que constava da lista de músicas, não foi executada.A edição de 2025 marcou a nona do Popload, sendo a primeira desde 2022. Com nomes como The Lemon Twigs – que remeteu aos anos 60 –, a catarinense Exclusive os Cabides e a rapper Tássia Reis, o festival evocou o motivo de ser tão apreciado pelo público, priorizando um line-up de qualidade com estrutura e logística agradáveis. A expectativa é que ele se mantenha como uma constante no calendário paulista.

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Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.