A demanda por crédito apresentou uma redução de 14,11% em junho, conforme dados preliminares da CNN divulgados pelo Indicador de Demanda por Crédito da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Anualmente, a retração foi de 10,55%.

A redução na procura por crédito intensificou-se no mês de maio, com uma queda de 12,7% registrada.

A alta taxa de juros e o volume de dívidas não pagas contribuem para um cenário de cautela e conservadorismo tanto para consumidores quanto para instituições financeiras, conforme afirma José César da Costa, presidente da CNDL.

Costa afirma que isso traduz um ciclo de crédito em “período de espera”, onde a necessidade de acesso ao financiamento confronta-se com um cenário macroeconômico desfavorável e uma capacidade de endividamento já comprometida por parcelas significativas da população.

A manutenção de taxas elevadas e o incremento do IOF nas operações de crédito elevam o custo total dos financiamentos, restringindo a disposição dos consumidores em contrair novas dívidas e das instituições em oferecê-las.

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A taxa Selic está, neste momento, em 15% ao ano. Em seguida, na quarta-feira (30), o Banco Central anunciará sua nova decisão para a taxa básica de juros, que deverá permanecer “em patamar contracionista por um período prolongado”, conforme comunicado pelos diretores da instituição.

É amplamente aceito que a taxa Selic permanecerá em 15%.

Ademais, a pesquisa evidencia um leve aumento na taxa de concretização de crédito, com 1,31% do público consultado efetivamente fechando contratos, um crescimento em comparação aos 0,92% registrados em maio.

Na maioria (80,87%), aqueles que contrataram em junho preferiram empréstimos, enquanto 15,86% escolheram financiamentos, que aumentaram em relação aos 2,88% registrados no mês anterior.

Cartão com 3,09% dos optantes e consórcios com 0,57% fecham a distribuição.

69% dos brasileiros estão preocupados com o aumento do custo de vida devido aos altos juros.

Fonte por: CNN Brasil