Na terça-feira (24), a organização sem fins lucrativos Stichting Massaschade & Consumidor anunciou a abertura de uma ação coletiva contra a PlayStation na Holanda. O grupo alega que a Sony emprega sua posição de liderança no mercado de jogos para praticar preços elevados e dificultar a escolha dos consumidores na aquisição de jogos e softwares.

A ação decorre da campanha “Fair PlayStation”, lançada pelo grupo em fevereiro deste ano, que obteve mais de 20 mil assinaturas. Ele alega que a empresa está empregando métodos para incentivar o consumo de produtos digitais, que só podem ser comercializados por sua loja própria.

A PlayStation pode empregar a “taxa Sony” para precificar mais alto jogos e conteúdos adicionais. A Stichting Massaschade & Consumidor alega que, dessa maneira, a empresa obtém o dobro da margem de lucro em relação à venda de conteúdos através do comércio tradicional.

A organização também alega que a empresa detém o domínio da oferta de jogos digitais para seus consoles, impedindo que outras empresas alcancem os consumidores. Dessa forma, ela é a única que se beneficia verdadeiramente das vendas digitais, que teriam causado prejuízos de 435 milhões de euros aos consumidores holandeses.

O propósito da ação coletiva é similar ao que motivou um extenso litígio entre a Epic Games e a Apple. A meta é que a Sony seja obrigada a liberar seus sistemas para que outras lojas, como a PlayStation Network, também possam disponibilizar conteúdos para os jogadores.

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No caso da Apple, a iniciativa se mostrou bem-sucedida, ainda que de forma desigual. Enquanto na Europa ela é obrigada a permitir que outras lojas ofereçam conteúdos para o iOS, em territórios como os Estados Unidos e o Brasil essa exigência não se aplica.

Antes da Sony tomar qualquer medida, será necessário que os tribunais da Holanda admitam o processo movido pela Stichting Massaschade & Consumidor. Apenas após essa decisão uma primeira audiência do caso deverá ser agendada, dando início a uma série de procedimentos que podem levar um bom tempo para serem concluídos.

A tendência de alta nos preços na indústria se manifesta com a Nintendo e a Microsoft adotando o valor de US$ 80 para seus jogos, o que sugere que outros grandes estúdios seguirão essa prática, sem renunciar a passes de batalha, DLCs e edições deluxe.

Stichting Massaschade & Consumidor

Desenvolvedora de Palworld alterou o jogo após processo da Nintendo.

Fonte por: Adrenaline