Solidariedade e PRD confirmaram nesta quarta-feira (25) a formação de uma federação partidária entre as siglas. A nova aliança foi anunciada em ato na Câmara dos Deputados com a presença de integrantes e dos chefes das legendas, além do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).
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O entendimento entre as entidades foi comunicado pelos respectivos líderes nacionais, o deputado Paulinho da Força (SP), do Solidariedade, e Marcus Vinícius (RJ), do PRD. De acordo com Paulinho, o novo grupo deve ter orientação centrista.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, declarou que a federação irá “engrandecer o debate nacional”. “Não tenho a menor dúvida de que essa federação já nasce muito forte. Precisamos discutir o que nós queremos para o país a partir de agora, já vislumbrando as eleições do ano que vem. O momento é de trabalho, de entrega”, afirmou.
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Na ocasião do lançamento da federação, membros dos partidos defenderam uma aliança para combater a polarização no cenário político brasileiro. “Será uma força que vai oferecer para o país, democraticamente, uma alternativa”, declarou o ex-senador Reguffe.
A proposta também foi reforçada pela ex-deputada María Arraes, que é aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estamos celebrando a união de quem pensa diferente e principalmente de quem respeita quem pensa diferente. A gente busca nas divergências a convergência sobre o que realmente importa”, afirmou.
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A aliança visa o fortalecimento das siglas para as eleições de 2026 e a superação dos critérios para receberem recursos. Os partidos avaliam que juntos terão mais chances de superar a cláusula de barreira.
Os dois partidos totalizam 10 deputados federais. Cada legenda possui cinco integrantes. As federações partidárias operam como uma única agremiação. Elas podem apoiar qualquer candidato e devem permanecer no mesmo bloco por pelo menos quatro anos.
A união entre as siglas ainda precisa ser formalizada perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os dois partidos já realizaram, recentemente, manobras partidárias para contornar a cláusula de desempenho e preservar sua importância no cenário político.
A criação do PRD (Partido da Renovação Democrática) foi aprovada em 2023. A sigla é resultado da fusão do PTB e do Patriota. No mesmo ano, o Pró-Brasil foi incorporado ao Solidariedade e deixou de existir.
O Tribunal Superior Eleitoral considera que o acesso ao Fundo Partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão está vinculado ao cumprimento das exigências da cláusula de barreira.
Para obter acesso aos recursos e ao tempo de propaganda, as entidades devem eleger no mínimo 11 deputados federais, distribuídos em pelo menos nove unidades federativas; ou obter, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, em pelo menos nove estados, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada um deles.
Após as eleições do próximo ano, a regra deverá ser ainda mais rígida e exigir: 2,5% dos votos válidos nas eleições de 2026, distribuídos em nove unidades da federação, com um mínimo de 1,5% de votos em cada uma delas; ou a eleição de 13 deputados em nove unidades.
Além do Solidariedade e do PRD, o União Brasil e o PP também anunciaram que formarão uma nova federação. O PSDB e o Podemos avançaram nas negociações para uma união, porém a articulação foi suspensa devido a divergências sobre a direção da nova legenda.
Fonte por: CNN Brasil