Soldado Kelvin Barros é preso preventivamente por feminicídio e outros crimes no DF
Justiça Militar do União converte prisão de Kelvin Barros da Silva em preventiva por feminicídio de Maria de Lourdes Freire Matos, com pena de até 44 anos.
Prisão Preventiva de Soldado por Feminicídio no DF
A Justiça Militar da União decidiu, neste sábado (6), converter a prisão do soldado Kelvin Barros da Silva em preventiva. O militar admitiu ter assassinado a cabo Maria de Lourdes Freire Matos dentro do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, localizado no Distrito Federal.
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Além do feminicídio, o soldado enfrenta acusações de incêndio, furto de arma de fogo e fraude processual, podendo ser condenado a até 44 anos de reclusão. O Ministério Público Militar solicitou a conversão da prisão, ressaltando a gravidade dos crimes e o risco que isso representa para a ordem pública e a disciplina militar.
Decisão Judicial e Argumentos da Defesa
Em sua decisão, o juiz Frederico Veras apontou a existência de indícios robustos de materialidade e autoria, evidenciados pela confissão do soldado e pelas provas apresentadas. O magistrado também destacou que a liberdade provisória de Silva poderia comprometer a investigação e desrespeitar a hierarquia militar.
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O juiz citou precedentes do Superior Tribunal Militar (STM) que permitem a prisão preventiva em situações de extrema gravidade. Além disso, foi determinado que o mandado de prisão fosse incluído no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, e o Tribunal do Júri do Distrito Federal foi informado sobre a competência da Justiça Militar para o caso.
Detalhes do Crime
Conforme o depoimento de Silva, a discussão que levou ao crime ocorreu devido a “cobranças” feitas pela vítima, que supostamente queria que ele terminasse seu relacionamento com outra mulher. O soldado alegou que a cabo sacou sua arma, mas ele conseguiu desviar a pistola e, em seguida, pegou uma faca que estava na cintura dela, desferindo um golpe fatal.
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Após o crime, Silva teria ateado fogo ao local, resultando em um incêndio que carbonizou o corpo de Maria de Lourdes. Ele afirmou que sua intenção era dificultar o trabalho da perícia e furtar a arma da vítima para evitar a coleta de impressões digitais.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar as chamas e, ao extinguir o incêndio, encontrou o corpo carbonizado.
A prisão de Silva ocorreu em sua residência, no Paranoá. No entanto, a versão apresentada pelo soldado é contestada pela família da cabo e por militares que participaram da prisão. Testemunhas afirmam que não havia qualquer tipo de relacionamento entre os dois e confirmaram que Silva tinha uma namorada que residia em seu bairro.
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.












