O desembargador do Ceará absolveu Leonardo Alexsander Ribeiro Herbas Camacho, que era apontado como líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) na região Nordeste. A decisão indeferiu a acusação do Ministério Público do Ceará, que imputava a Leonardo participação em um núcleo logístico da facção e envolvimento com duas empresas utilizadas supostamente para a exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
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Leonardo é filho de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o “Marcolinha”, e sobrinho de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que as autoridades designam como líder máximo da organização criminosa. Ambos se encontram detidos na Penitenciária Federal em Brasília, de segurança máxima.
Durante a investigação, a acusação alegava que Leonardo colaborava com o pai e possuía ligação direta com a estrutura empresarial, incluindo a apreensão de máquinas de jogos e objetos relacionados a apostas em sua residência em Itajaí (SC).
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O investigado, contudo, negou vínculos com o PCC, alegando que exercia apenas a função de cambista e que não tinha contato com integrantes da organização criminosa.
A decisão ressaltou que, apesar dos indícios de ligação de Leonardo com uma empresa lotérica, a atividade da empresa, na época dos fatos, era legalmente constituída e amparada por decisão judicial, o que fragoreou a tese de prática de contravenção penal. O juiz considerou as provas “ frágeis e insuficientes” para sustentar condenação e apontou que a acusação se apoiou em imputações genéricas, sem demonstrar condutas concretas e individualizadas.
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A absolvição de Leonardo Herbas Camacho e demais réus do mesmo processo foi determinada após a análise das provas apresentadas. O advogado Bruno Ferullo, responsável pela defesa de Leonardo Camacho, ressaltou que a prisão de um ano e meio do seu cliente foi “injusta”.
Durante todo o período em que permaneceu privado de sua liberdade, Leonardo foi alvo de acusações que jamais encontraram respaldo em provas concretas. A absolvição, portanto, não representa apenas o reconhecimento de sua inocência, mas também a reafirmação da importância do devido processo legal e da proteção das garantias fundamentais.
Ferullo também aponta ser “inequívoco o sofrimento provocado pela inadequada privação de liberdade, não somente a Leonardo, mas também a seus familiares, que suportaram com dignidade e esperança esse extenso período de injustiça”.
Fonte por: CNN Brasil