SLC Agrícola Anuncia Acordos com BTG Pactual
A SLC Agrícola, uma das principais produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, revelou nesta quinta-feira (6) acordos de associação com fundos do BTG Pactual, que totalizarão cerca de R$ 1 bilhão. Esses recursos permitirão à empresa realizar investimentos, especialmente em irrigação.
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Além disso, a SLC irá subscrever capital nas sociedades formadas com os fundos, contribuindo com ativos, como a Fazenda Piratini (na Bahia), sua infraestrutura e equipamentos de irrigação. A companhia optou por esse acordo em vez de emitir dívidas, evitando assim um aumento na alavancagem em um cenário de taxas de juros elevadas.
Comentários do CEO
O CEO da SLC, Aurélio Pavinato, comentou em entrevista que a empresa já realizou diversas aquisições e que novas dívidas poderiam complicar a situação financeira. Ele destacou que uma dívida moderada é benéfica, mas o excesso pode estrangular o fluxo de caixa, como ocorre com muitas empresas.
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Pavinato afirmou que a operação visa manter a alavancagem em um nível adequado, de 2 vezes a dívida líquida/Ebitda Ajustado, em comparação com 2,34 vezes no final de setembro. A dívida líquida ajustada da SLC ao final do terceiro trimestre de 2025 foi de R$ 6,2 bilhões, um aumento de R$ 2,5 bilhões em relação a 2024.
Detalhes da Transação
A transação também reconhece o valor das terras da SLC. O acordo prevê a formação de sociedades de propósito específico, com 50,01% de participação da SLC e 49,99% dos fundos do BTG. Com os recursos, as sociedades poderão adquirir 21.471 hectares da Fazenda Paladino e implementar projetos de irrigação nos próximos anos.
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O preço total de R$ 723 milhões será pago em duas parcelas. Além disso, a infraestrutura das Fazendas Piratini e Paladino será adquirida por R$ 86 milhões e R$ 27 milhões, respectivamente. As sociedades serão proprietárias dos imóveis e celebrarão contratos de parceria rural com a SLC para o cultivo de grãos e fibras, compartilhando os frutos obtidos.
Resultados do Terceiro Trimestre
A transação foi anunciada junto com os resultados do terceiro trimestre, onde a empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 14,5 milhões. Pavinato observou que, geralmente, no terceiro trimestre, a SLC não apresenta lucro devido à sazonalidade das safras.
No acumulado de 2025 até setembro, o lucro líquido foi de R$ 636 milhões, um aumento de 19,3% em relação ao ano anterior. Em relação ao plantio do ciclo 2025/26, o executivo destacou que a SLC conseguiu plantar soja em Mato Grosso, possibilitando uma segunda safra de algodão.
A empresa planeja aumentar a área irrigada em 232% nos próximos anos.
