Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta aumento de SRAG e influenza A em SP

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) publicou um novo Boletim InfoGripe, revelando um aumento nas hospitalizações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e influenza A em todo o estado de São Paulo. Na capital, o crescimento já alcançou o nível de alerta.

A análise dos dados para o relatório foi realizada entre os dias 12 e 18 de outubro, referente à Semana Epidemiológica 42. Em relação à Covid-19, as notificações graves continuam a aumentar nos estados do Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e em São Paulo, embora ainda em níveis baixos.

Rinovírus e Covid-19 em destaque

No Norte do Brasil, assim como nos estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina, o rinovírus é um dos principais responsáveis pelo aumento de SRAG, especialmente entre crianças e adolescentes. No Espírito Santo, os casos de Covid-19 em idosos permanecem estáveis, mas ainda são considerados altos para a região.

Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e responsável pelo boletim, enfatizou a importância da vacinação para a população de maior risco.

Balanço dos casos nos estados e capitais

Conforme o boletim, seis das 27 unidades da federação apresentaram incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas. Os estados com crescimento na tendência de longo prazo incluem:

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• Acre
• Pará
• Rio de Janeiro
• Roraima
• Santa Catarina
• Tocantins

Onze estados mostraram incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco, mas sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo:

• Amazonas
• Bahia
• Espírito Santo
• Goiás
• Maranhão
• Mato Grosso
• Mato Grosso do Sul
• Minas Gerais
• Paraíba
• Rio Grande do Sul
• Sergipe

No Amazonas, o rinovírus apresenta sinais de interrupção no crescimento de casos. Em Santa Catarina, o aumento de SRAG em crianças de até dois anos também é impulsionado pelo metapneumovírus. Casos graves de influenza A mostram sinais de interrupção em Goiás e queda no Distrito Federal.

Capitais em alerta

Seis das 27 capitais estão em nível de alerta, risco ou alto risco, com sinais de crescimento:

• Aracaju (SE)
• Belém (PA)
• Cuiabá (MT)
• Palmas (TO)
• Rio Branco (AC)
• São Paulo (SP)

Nessas cidades, o aumento é mais significativo entre crianças e adolescentes de até 14 anos. Em São Paulo e Palmas, também foi observado um aumento de SRAG na população idosa.

Outras dez capitais apresentaram sinais de incidência da síndrome, mas sem crescimento:

• Boa Vista (RR)
• Brasília (DF)
• Florianópolis (SC)
• João Pessoa (PB)
• Manaus (AM)
• Porto Alegre (RS)
• Rio de Janeiro (RJ)
• Salvador (BA)
• São Luís (MA)
• Vitória (ES)

Total de casos em 2025

Até o momento, mais de 197 mil casos de SRAG foram notificados em todo o Brasil:

• 103.885 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório;
• 71.215 com resultado laboratorial negativo para algum vírus respiratório;
• 9.040 aguardam resultado laboratorial.

Além disso, quase 12 mil óbitos por SRAG foram registrados no país:

• 6.043 com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório;
• 4.642 com resultado laboratorial negativo para algum vírus respiratório;
• 187 aguardam resultado laboratorial.