Síndrome do ombro congelado e menopausa: causas da paralisia de Eliana
A diminuição dos níveis de estrogênio contribui para o desenvolvimento do quadro clínico; saiba mais.

A apresentadora Eliana, 52 anos, relatou ter experimentado uma paralisia no ombro causada pela menopausa. “Eu não conseguia levantar o braço. Meu ombro congelou e meu braço grudou no corpo”, afirmou em entrevista ao podcast PodDelas.
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Enquanto conversava, a celebridade relatou ter procurado informações e percebeu que se tratava de um sintoma da menopausa. “Por muito tempo, não compreendi o que era a menopausa. Não sabia o que estava sentindo, o que estava vivendo”, declarou.
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Mas, afinal, o que é a síndrome do ombro congelado?
A capsulite adesiva do ombro, conforme explica o ginecologista Igor Padovesi, especialista em menopausa e certificado pela North American Menopausa Society (NAMS), é caracterizada por rigidez articular e limitações no movimento da região.
Geralmente, a condição é mais frequente devido à diminuição dos hormônios, sobretudo o estrogênio, em mulheres que estão atravessando a transição para a menopausa ou na pós-menopausa. “No entanto, é importante ressaltar que nem todas as mulheres apresentarão o problema, pois os sintomas dessa fase podem variar de pessoa para pessoa”, acrescenta.
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É frequentemente difícil realizar o diagnóstico diferencial da capsulite adesiva com as bursites e tendinites do ombro. Por isso, é fundamental procurar um médico especializado.
Os sinais mais importantes do diagnóstico
Segundo Jean Kley, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC), a doença é caracterizada em três etapas, apesar de se manifestar em sua primeira fase.
A dor, que geralmente é bastante intensa e, em seguida, passa em um período que vai de um a três meses, sem apresentar grandes mudanças. Essa seria a segunda fase. A terceira e última fase é a de descongelamento, podendo durar até seis anos, conforme explica.
Cirurgia e outros tratamentos disponíveis.
Na entrevista, Eliana também relatou ter sofrido uma cirurgia e mencionou os tratamentos propostos quando buscou auxílio. “Fui ao médico e ele disse: ‘Temos alternativas, você vai fazer fisioterapia, compressas. Vamos fazer de tudo para recuperar a mobilidade. Mas, no meu caso, não obteve resultado’”, recordou.
Com o diagnóstico em mãos, o tratamento inicial, segundo Igor, é feito com o uso de medicamentos anti-inflamatórios, repouso da articulação e fisioterapia. Contudo, o profissional ressalta que a capsulite adesiva do ombro é uma condição que tipicamente só melhora por completo com a reposição hormonal, sem a necessidade de outros medicamentos ou intervenções.
A terapia hormonal visa repor os hormônios que diminuem após a menopausa, atuando diretamente na deficiência de estrogênio.
A terapia hormonal é recomendada para a grande maioria das mulheres na menopausa, com pouquíssimas contraindicações. “É cientificamente comprovado que, quando administrada adequadamente, a terapia hormonal, além de ser muito segura, otimiza uma vasta gama de sintomas da menopausa”, adverte.
Acompanhamento pós-tratamento ou pós-cirúrgico
Devido à sua natureza de instalação e evolução lenta, a limitação de movimento quando gravemente causada, leva à atrofia na região, o que gera sobrecarga nas outras articulações, uma vez que o ombro não está funcionando adequadamente.
O cotovelo, o punho, a mão e os dados podem ser sobrecarregados, sendo comum que o paciente apresente dor nessa região e também dor na área cervical. Naturalmente, quando se tem dor no ombro, o ideal é que se procure um ortopedista habilitado, pois também é uma doença que, sobretudo nas formas leves e moderadas, o diagnóstico não é fácil de ser feito, comenta Jean.
E a prevenção?
Para o diretor, é difícil falar em prevenção, mas, de maneira geral, a prática de atividades físicas e o trabalho da higiene mental são bons aliados.
A prática regular de atividades físicas e o cuidado com a higiene mental, incluindo o combate ao estresse e à ansiedade, são medidas interessantes para tentar prevenir a doença, conclui.
Entenda os mitos e fatos sobre a menopausa.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.