Setores impactados pelas tarifas de Trump solicitam nova lista de isenções

Setores empresariais e autoridades governamentais buscam a inclusão de produtos em uma nova lista de isenções tarifárias para evitar a alíquota de 50% e…

05/08/2025 15:51

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Setores impactados pelas tarifas de Trump solicitam nova lista de isenções
(Imagem de reprodução da internet).

Setores da economia nacional que serão impactados pela sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros a partir desta quarta-feira (6) buscam a inclusão de seus produtos em uma nova lista de exceções que isente ou reduza a alíquota aplicada.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em decisão executiva que oficializou o tarifário, removeu aproximadamente 45% da pauta exportadora brasileira para os EUA da lista de produtos sujeitos a impacto.

A ordem executiva assinada pela Casa Branca inclui uma lista com aproximadamente 700 produtos que foram excluídos da alíquota adicional. Dentre eles, encontram-se aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro.

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Café, carne bovina, equipamentos de engenharia civil, açúcares e madeira estarão sujeitos a adicionalidade. A taxa de 50% alcançará 35,9% da pauta exportadora brasileira para os Estados Unidos.

A atenção destes segmentos, atualmente, é buscar uma possível nova inclusão em uma lista de isenções. Empresários já começaram essa ação, trabalhando tanto com o governo brasileiro quanto em articulações com representantes do setor privado dos Estados Unidos.

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O objetivo é persuadir os americanos de que existem fundamentos lógicos nos pedidos, demonstrando que os mercados são complementares e que o aumento de preços pode elevar o custo dos produtos no mercado americano.

A maioria das associações que representam o setor produtivo considera a tarifa como uma grande preocupação.

A Abiec afirma que a tributação total atingirá 76%, comprometendo a viabilidade econômica das exportações aos Estados Unidos.

A associação afirma em nota que a entidade mantém diálogo com importadores norte-americanos e colabora com o governo federal na busca de uma solução negociada.

A Abipesca (Associação Brasileira da Indústria de Pescados) declara que o mercado norte-americano responde por 70% das exportações brasileiras de pescados, além de movimentar mais de 240 milhões de dólares.

A associação afirma que, devido à relevância do mercado americano para o setor, é imprescindível dar prioridade às negociações e buscar soluções econômicas que favoreçam o Brasil, assegurando a manutenção de diversos postos de trabalho e a estabilidade econômica do setor.

O setor de cacauicultura aponta uma perda de 180 milhões de reais e um aumento da ociosidade na indústria.

A AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau) afirma que, com o novo cenário tarifário, o mercado norte-americano, que representa 18% das exportações do setor e é o segundo principal destino dos derivados brasileiros, torna-se economicamente inviável.

A associação também ressalta que considera o “diálogo” como via para a revogação da tarifa.

A Abiec reafirma seu compromisso com o trabalho técnico e propositivo junto aos governos do Brasil e dos Estados Unidos, em busca de soluções que assegurem a previsibilidade, a sustentabilidade da cadeia produtiva e a geração de valor no agronegócio nacional.

O setor do café também demonstra grande preocupação com a sobretaxa, mas é um dos mais otimistas quanto à possibilidade de entrar em uma lista de exceções.

Essa lógica é compartilhada por integrantes do governo federal.

Mediadores ouvidos pela CNN avaliam que o retrocesso inicial de Trump, que excluiu 45% dos produtos exportados pelo Brasil, sugere que ainda há espaço para negociação dentro da lógica comercial americana.

Após essa análise, o café é visto pelo governo como o produto com maior chance de receber tratamento especial. Os Estados Unidos não possuem uma produção significativa da commodity, com cultivo limitado ao Havaí, Califórnia e Porto Rico.

O setor privado no Brasil estima que aproximadamente 30% do café consumido nos EUA seja de origem brasileira. Para o governo, é improvável que o produto seja totalmente isento, mas há expectativa de que a alíquota aplicada fique abaixo dos 50% – entre 20% e 30%.

A carne bovina, por sua vez, apresenta maior resistência a uma redução tarifária, na avaliação dos técnicos, ainda que também esteja no centro das negociações para as próximas etapas.

Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

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