Setores governistas buscam aprovar no Congresso isenção do Imposto de Renda e reduzem a proposta de anistia
Não existe acordo em relação à compensação financeira decorrente da alteração na isenção do Imposto de Renda e da bandeira de Lula para 2026.

Após reunião com a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) nesta segunda-feira (8), os governistas articulam-se para ocupar a agenda do Congresso Nacional com temas prioritários do Palácio do Planalto, como o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, e diminuem a importância dos esforços da oposição em relação à anistia.
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A poluição da agenda governamental no Congresso, devido à pressão de bolsonaristas por anistia e o confronto com os Estados Unidos, preocupa o Palácio do Planalto.
O projeto do Imposto de Renda, uma das principais vitrines do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições de 2026, encontra-se parado desde meados de julho.
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Existe uma disputa sobre a compensação do valor que deixará de ser arrecadado e pela popularidade que a medida pode conferir a Lula.
A visita do deputado Arthur Lira a Jair Bolsonaro (PL) na sua residência também causou irritação aos membros do governo.
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Na segunda-feira, Gleisi Hoffmann solicitou à base um posicionamento mais firme em relação ao assunto.
O Planalto também adota as declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que o assunto é prioridade e espera que seja resolvido na Casa até o final do mês.
Motta acompanhou Lula de perto, na primeira fila, durante o desfile do 7 de Setembro em Brasília.
Em caso de alternativa, uma fração dos governistas passou a defender a elaboração de uma Medida Provisória sobre o assunto. Contudo, inclusive no âmbito da base, persistem resistências em relação à iniciativa.
A busca do governo petista é ainda manter a questão em debate para impedir o progresso da proposta de anistia.
A equipe de Lula procura construir uma narrativa que reduza as preocupações com as ações da oposição.
Afirmam que a anistia não conta com o respaldo da liderança do Congresso e seria declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, considerando a jurisprudência do caso Daniel Silveira.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.