Setor produtivo considera a tarifa de Trump como infundada e prejudicial
Associações de agricultura, pecuária e indústria manifestam preocupação em relação a tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) declarou, em nota divulgada nesta quinta-feira (10.jul.2025), sua preocupação com a decisão “infundada” do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), de aplicar tarifas comerciais de 50% sobre produtos importados aos Estados Unidos. A ação entrará em vigor em agosto.
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Essas ações têm impacto negativo nas economias de ambos os países, gerando prejuízos para empresas e consumidores. As relações entre os países sempre atenderam aos interesses de ambos, sem apresentar desequilíbrios injustos ou indesejáveis, declarou a CNA em comunicado.
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A CNA declara que a aplicação de tarifas não se justifica pelas práticas comerciais estabelecidas entre os países, que historicamente aderem aos princípios do comércio livre internacional.
Trump alega que o Brasil possui um déficit comercial com os EUA — vende mais do que compra. No entanto, dados da balança comercial entre os países indicam que o país norte-americano registra superávit desde 2009.
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A adição de tarifas impactará todas as importações de produtos brasileiros pelos norte-americanos, afetando o setor agrícola, que corresponde a uma parcela importante das exportações do Brasil para os Estados Unidos.
A Agência Nacional de Notícias (ANP) espera que os canais diplomáticos sejam intensamente utilizados para que a razão e o pragmatismo se manifestem na situação.
O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) declarou que a atitude dos EUA de empregar instrumentos fiscais como ferramenta de “disputa pessoal e ideológica” excede os parâmetros da democracia e não se fundamenta em evidências concretas.
Essa atitude equivocada tem gerado perdas evidentes e urgentes nas relações comerciais, impactando significativamente os recursos produtivos, os trabalhadores e a sociedade como um todo. A declaração ressaltou a ausência de justificativas sólidas a favor dos Estados Unidos em relação à taxa de 50% sobre as importações brasileiras.
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Josué Gomes da Silva, declarou que o Brasil é uma nação soberana e que isso é um elemento “inegociável”, portanto, a negociação é interessante para ambas as partes.
Negociar com serenidade, com base em fatos e estatísticas concretas, é de interesse mútuo para as empresas brasileiras e americanas, que sempre foram bem recebidas no Brasil […], existem inúmeras oportunidades de negócios maiores entre Brasil e EUA, em benefício de nossas populações. É nisso que os governos devem se concentrar, declarou em nota.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.