Setor Mineral se destaca na COP30: Oportunidades e desafios na transição energética global

Setor Mineral na COP30: Oportunidades na Transição Energética

O setor mineral está atento às oportunidades que emergem na transição energética e enviou uma equipe significativa para a COP30. O intuito é fortalecer a colaboração com o governo e representantes do setor ambiental, além de se afirmar como protagonista na economia verde.

O diagnóstico é claro: a transição energética não pode ocorrer sem a mineração. Minerais tradicionais, como ferro e ouro, e modernos, como lítio, nióbio e terras raras, são essenciais nesse processo. Dados da IEA (Agência Internacional de Energia) indicam que a demanda por cobalto e elementos de terras raras deve aumentar entre 50% e 60% até 2040, impulsionada pela transição energética.

A Nova Face da Mineração

As empresas têm buscado se aproximar dos ambientalistas, apresentando “a nova cara” da mineração, que historicamente é lembrada por seus impactos negativos. Executivos afirmam que os avanços tecnológicos, a legislação mais rigorosa e os compromissos internacionais têm alinhado o setor às pautas sustentáveis.

Ainda que a mineração seja uma atividade poluente, os representantes argumentam que ela é insubstituível, assim como o petróleo. Durante as duas semanas do evento, a estratégia inclui apresentar inovações, como o reaproveitamento de água nos processos produtivos, e estreitar laços com organizações ambientais que costumam criticar a atividade mineral.

Agenda Comercial e Oportunidades de Investimento

Representantes de destaque do setor, como o presidente da Vale, participarão do evento. A agenda comercial é uma prioridade, com encontros programados entre mineradoras e bancos tradicionais e de desenvolvimento, que têm ampliado suas linhas de crédito para o setor.

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Além disso, representantes do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) devem se reunir com autoridades do Canadá e da Austrália, países que têm mostrado interesse no setor. Autoridades e executivos veem a COP como uma chance de posicionar o Brasil como um ambiente atrativo para novos investimentos, especialmente de potências europeias e norte-americanas.

Desafios e Oportunidades no Setor de Mineração

Um dos argumentos que será apresentado pelas autoridades brasileiras, especialmente em diálogos com países ocidentais, é a dominância da China no setor mineral. No final de outubro, o encarregado de Negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, se reuniu com representantes da australiana St George Mining, que possui o Projeto Araxá, em Minas Gerais, onde estão algumas das maiores reservas de terras raras da América do Sul.

O Brasil se destaca como a segunda maior fronteira de exploração de terras raras, conforme apontado por economistas, o que evidencia seu potencial no cenário global de mineração.