Setor empresarial solicita ao governo prorrogação de 90 dias para revogar aumento de tarifas
Setor alega que a taxação de 50% sobre o Brasil provocará a perda de 110 mil empregos.

Na segunda-feira (14.jul.2025), integrantes do setor industrial brasileiro defenderam a prorrogação de pelo menos 90 dias das tarifas de 50% aplicadas aos produtos brasileiros importados para os Estados Unidos. A posição foi apresentada em reunião virtual de emergência com a secretária de Comércio Exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Tatiana Prazeres.
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O presidente da CNI, Ricardo Alban, organizou a reunião no final da tarde. Participaram presidentes das federações estaduais do setor.
A CNI declarou que tal prazo é fundamental para que a indústria brasileira possa analisar detalhadamente os impactos da medida, buscando também soluções diplomáticas para evitar prejuízos maiores.
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O encontro teve como objetivo analisar os efeitos socioeconômicos da política divulgada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano).
Estima-se que a implementação da taxa se traduza em uma perda de no mínimo 110 mil empregos, considerando o marco de 1º de agosto, data definida por Trump para o início da aplicação da tarifa.
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A indústria também alega que haveria um “forte impacto negativo” no PIB brasileiro.
O setor empresarial argumentou que o processo de negociação entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a Casa Branca ocorre com prudência, equilíbrio e diálogo técnico.
A indústria afirmou ser imprescindível preservar os canais institucionais entre os dois países, além de ter reiterado a necessidade de cooperação para assegurar relações comerciais estáveis e previsíveis.
Tatiana Prazeres declarou que as questões seriam encaminhadas ao governo.
Comitê para impasse.
O governo Lula determinou, na segunda-feira (14.jul), a criação de um comitê interministerial para coordenar as ações contra a nova tarifa.
A decisão foi tratada após uma reunião no domingo (13.jul), no Palácio da Alvorada, entre o governador, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB).
A taxa acarreta impactos significativos.
Existe um potencial bilionário de impacto. Em 2024, o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões para os EUA, o que representou 12% do total.
A taxação de 50% torna os produtos brasileiros mais caros no mercado norte-americano, o que pode diminuir a competitividade dos exportadores brasileiros.
A taxa é complementar às demais já existentes e foi definida de maneira isolada pelo governo dos EUA.
Os Estados Unidos iniciaram uma investigação formal contra o Brasil devido a práticas comerciais consideradas desleais, utilizando a Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.