Setor demonstra ressalvas em relação à taxa de importação de Trump sobre o Brasil
Há a expectativa de que taxas divulgadas não sejam efetivadas, em razão da incerta política comercial de Donald Trump.

O anúncio de Donald Trump sobre tarifas de 50% sobre produtos brasileiros agrava ainda mais a já turbulenta relação entre o governo do Brasil e dos Estados Unidos.
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O Ibovespa encerrou em declínio, ao mesmo tempo em que o dólar avançou superior a meio por cento em razão das tarifas. O mercado brasileiro adota uma postura prudente, avaliando os impactos potenciais nas empresas.
A expectativa é que as taxas divulgadas não sejam efetivadas, em linha com a estratégia de ataque e retirada que Trump tem implementado na disputa comercial.
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Ainda não se sabe como Trump pretende aplicar a tributação nas importações brasileiras. Uma das possibilidades é empregar a “Lei de Poderes Econômicos Emergenciais”.
Para tal, Trump precisaria declarar estado de emergência nacional, assim como já fez nos casos do Canadá e México.
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A grande balança comercial, com o Brasil importando mais dos EUA do que exportando, torna difícil justificar a aplicação do decreto. O Supremo Tribunal Americano ainda irá decidir se o uso da lei é válido ou se Trump excede suas prerrogativas presidenciais com essa medida.
Para o banco UBS, esses fatores dificultam a manutenção das tarifas no Brasil, e a situação deve persistir por algum tempo.
A taxa de 50% representa o ápice do deterioramento nos relacionamentos entre Brasil e Estados Unidos, que já estavam comprometidos desde a chegada de Trump. Logo após assumir o cargo, o americano ameaçou impor tarifas a países do BRICS caso o bloco prosseguisse com discussões para substituir o dólar como moeda de referência global.
O Brasil busca uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, órgão onde os Estados Unidos exercem grande influência.
Assim como fez com a União Europeia, Trump critica o tratamento que o governo brasileiro dá às “big techs”, reiterando acusações de que empresas americanas são “maltratadas”, o que justificaria parte das tarifas.
Na América, a política econômica de Trump tem ganhado impopularidade. A instabilidade e a chance de diminuição no emprego, aliadas ao crescimento da inflação, desmotivam os americanos e colocam em risco a posição de Trump em uma de suas bases de apoio.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.