Setenta e dois por cento dos brasileiros consideram que Lula é uma representação mais adequada do país em relação ao exterior do que Bolsonaro
Instituto AtlasIntel e Bloomberg apontam 49,7% de aprovação ao presidente brasileiro.

Um estudo dos institutos AtlasIntel e Bloomberg, publicado na terça-feira (15), indica um aumento na avaliação positiva do governo Lula após o anúncio de tarifas adicionais impostas por Donald Trump a produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. O levantamento apontou 49,7% de aprovação presidencial, com 61,1% das pessoas que o consideram o representante do Brasil no exterior de forma superior a Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2023, a taxa era de 51% e tem apresentado crescimento desde então.
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A pesquisa também perguntou aos entrevistados como avaliam a resposta do governo brasileiro às tarifas. Para 44,8%, a reação foi adequada; 27,5% a consideram “agressiva”, enquanto 25,2% avaliam que a postura do governo foi “fraca”. O presidente assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, que permitirá ao país adotar medidas em resposta à tarifa. O decreto também cria um comitê formado por representantes do governo e por empresários para discutir a sobretaxa imposta por Trump. De maneira geral, a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada por 60,2% enquanto 38,9% desaprovam.
Em relação às tarifas, 62,2% as consideram “injustificadas”, enquanto 36,8% vislumbram alguma justificativa. A maioria dos entrevistados (40,9%) acredita que as ações de Trump foram uma “retaliação contra a participação do Brasil nos Brics”, e 36,9% atribuem a isso “a atuação da família Bolsonaro junto a Donald Trump”. Já 16,8% aceitam a justificativa apresentada pelo estadunidense e afirmam que as tarifas são uma “retaliação contra decisões do STF sobre redes sociais americanas”. Apenas 3,5% acreditam que as medidas foram motivadas por um “desejo genuíno de tornar o comércio com o Brasil mais favorável aos EUA”.
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Ao serem perguntados se as justificativas de Trump para as tarifas podem ser vistas como “uma ameaça à soberania brasileira”, a resposta foi equilibrada, com 50,3% concordando e 47,8% divergindo.
Os entrevistados avaliaram igualmente a relação do governo com diferentes nações. 39% consideram que o Brasil está tão próximo quanto deveria dos Estados Unidos, 48% desejariam uma proximidade maior e 13% acreditam que o país norte-americano é “mais próximo do que deveria”. Em relação à China, 51% aprovam o nível de proximidade, 34% acham “mais próximo do que deveria” e 16% acreditam que os países poderiam ser ainda mais próximos. A Argentina se destaca como o país com o maior índice da resposta “menos próximo do que deveria”, refletindo o desejo de 54% dos entrevistados.
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O estudo analisou 2.841 indivíduos, no período entre 11 e 13 de julho. O erro amostral é de 2 pontos percentuais, considerando um intervalo de confiança de 95%.
Fonte por: Brasil de Fato
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.