Será avaliada a elevação da mistura de etanol na gasolina neste mês

A proposta do Ministério de Minas e Energia será apresentada na próxima reunião do CNPE.

16/06/2025 12:19

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Será avaliada a elevação da mistura de etanol na gasolina neste mês
(Imagem de reprodução da internet).

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que a elevação de 27% para 30% de etanol na gasolina será proposta na próxima reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), na última semana de junho.

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A declaração foi proferida no seminário Gás para Empregar, organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na cidade de São Paulo. Para Silveira, a medida auxiliaria o Brasil a reduzir a dependência da importação de gasolina e impulsionaria o desenvolvimento da produção nacional de biocombustíveis.

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A declaração foi feita em março pelo ministro. Na ocasião, ele disse que o Brasil deixará de depender de importações de combustíveis fósseis pela primeira vez desde 2010. A previsão é de uma queda de até R$ 0,13 por litro.

Em 2024, o Brasil importou 760 milhões de litros de gasolina. Atualmente, com a implementação do E30, a exportação será realizada. Haverá um incremento de 1,5 bilhão de litros por ano na procura por etanol.

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Gás natural

Silveira voltou a criticar os preços do gás natural no Brasil. O ministro classificou os valores praticados como “absurdos” e apontou os impactos negativos sobre setores industriais com alto consumo de energia, como siderurgia, petroquímica e cerâmica. “O preço do gás natural no Brasil é absurdo e prejudica nossa indústria intensiva em energia”, declarou.

Silveira argumentou que o incremento da oferta interna é o caminho para diminuir os preços. O Brasil injeta no mercado o dobro da média global de gás natural, o que limita o volume disponível e contribui para a manutenção de valores elevados. “Não há justificativa para isso. É importante que a Petrobras tenha consciência da importância de ampliar a oferta de gás”, declarou.

O ministro também declarou que a Petrobras será peça-chave na nova política energética e criticou a prática de reinjeção de gás natural pela estatal, afirmando que é preciso alinhar a empresa à média nacional. “A estrutura corporativa da Petrobras precisa mudar isso daqui para frente”, declarou. Silveira negou que exista intervenção na companhia e afirmou que, se houvesse, a Petrobras “não continuaria tão valorizada como está”.

O seminário abordou sugestões para aumentar a competitividade do mercado de gás natural, com ênfase na sustentabilidade, ampliação da oferta e atração de novos investimentos. Participaram representantes do setor privado, especialistas e autoridades públicas.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.