Senador propõe tributar o Brasil devido à compra de diesel da Rússia
Senador defende tributação ao Brasil devido à compra de diesel da Rússia.

O senador americano Lindsey Graham (Partido Republicano), da Carolina do Sul, afirmou no domingo (13.jul.2025) que Brasil, Índia e China serão penalizados pelos Estados Unidos com o aumento de tarifas caso persistam nas importações de petróleo da Rússia. A declaração ocorreu durante o programa “Face the Nation”, da CBS.
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Graham propõe o estabelecimento de tarifas de até 500% para países que contribuem com a receita do governo russo na guerra contra a Ucrânia. A medida tem como alvo nações que adquirem petróleo, gás e combustíveis fósseis russos.
De acordo com uma pesquisa da Nexus, utilizando dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil importou 8,3 bilhões de dólares em diesel em 2024, com 65% dessas importações originárias da Rússia, correspondendo a 5,4 bilhões de dólares. Esse volume representou o maior já registrado.
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A Rússia respondeu por aproximadamente 40% das importações brasileiras de diesel no ano, ultrapassando países como Estados Unidos e Índia.
A China, a Índia e o Brasil adquirem petróleo, produtos derivados e outros itens da Rússia. Esse é o financiamento que Putin utiliza para sustentar o conflito.
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O projeto do senador possui apoio de partidos distintos no Congresso americano e, ainda em processo de discussão, já gera reações em outros países. Na prática, as tarifas teriam natureza secundária, ou seja, seriam aplicadas a empresas e países que realizem negócios com a Rússia, mesmo que de forma indireta.
Na segunda-feira (14.jul), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), comentou a proposta durante conversa com jornalistas na Casa Branca. Trump afirmou que Graham está trabalhando “muito” no projeto junto com o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson.
Acredito que será aprovada, claro que ainda haverá ajustes. Ela pode ser muito importante, estamos falando em cerca de 100% de tarifas secundárias. Podemos fazer isso sem o Senado e sem o Congresso, disse Trump.
A expansão restritiva aumenta o isolamento econômico da Rússia no setor energético, ao pressionar os países que mantêm comércio com Moscou. Adicionalmente, o aumento das tarifas pode acirrar as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Acompanhe a fala de Graham.
Leia a íntegra.
A invasão russa da Ucrânia se aproxima de um ponto crucial. Durante meses, o presidente Trump tem buscado reunir Vladimir Putin em negociações de paz.
Ele já implementou tarifas contra países que possibilitam a entrada de fentanil em nosso país, além de outras práticas inaceitáveis. E ele manteve o acesso à Rússia, e essa via está prestes a ser interrompida.
Possuímos 85 copatrocinadores no Senado dos Estados Unidos para aprovar sanções com força de Congresso. Trata-se de um golpe nas mãos do presidente Trump, com o qual ele poderá atingir a economia de Putin e todos os países que alimentam a máquina de guerra russa.
China, Índia e Brasil estão adquirindo petróleo, produtos derivados e outros itens da Rússia. Esse é o financiamento que Putin utiliza para sustentar o conflito.
O pacote do Congresso em análise concederia ao presidente Trump o poder de aplicar tarifas de até 500% a qualquer país que coopere com a Rússia e mantenha a máquina de guerra de Putin.
Ele poderá elevar ou diminuir as tarifas, de 0% a 500%. Terá total liberdade nesse aspecto. Contudo, estamos buscando indivíduos que mantêm Putin nos negócios e aplicando sanções adicionais à Rússia.
Esta é, de fato, uma estratégia do presidente Trump para finalizar esta guerra.
China, Índia e Brasil, vocês enfrentarão grandes dificuldades se continuarem a apoiar Putin.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.