Senador Marco Rubio visita Israel em contexto de tensão com Catar e antecipação do reconhecimento do Estado palestino
O Departamento de Estado visa garantir a Israel o apoio dos Estados Unidos.

O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, chegou a Israel neste domingo 14. A intenção da visita é reiterar o apoio americano ao seu aliado, em um contexto de alguns dias antes do possível reconhecimento de um Estado palestino por diversos países na Assembleia Geral da ONU.
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O alto diplomata chegou ao Aeroporto Ben Gurion, perto de Tel Aviv, nesta manhã. A visita acontece também cinco dias após o ataque israelense contra membros do Hamas no Catar, registrado na terça-feira, 9, fato que provocou a manifestação de “profundo descontentamento” por parte do ex-presidente Donald Trump.
O ataque visou um complexo residencial situado no centro de Doha, capital do país, que atua como intermediário nas negociações por um cessar-fogo na Faixa de Gaza. “Este ataque não alterará a natureza da nossa relação com Israel, mas precisaremos analisar o caso, debater sobre o impacto”, afirmou Rubio a jornalistas antes de sua partida.
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O Departamento de Estado visa garantir a Israel o apoio dos Estados Unidos em face do reconhecimento iminente de um Estado palestino por parte de diversos países na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Desde o início do conflito em Gaza, Israel tem eliminado progressivamente a direção do movimento islâmico, com a promessa de destruí-lo e removê-lo do território palestino, após a ascensão do Hamas ao poder em 2007.
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Os líderes do Hamas sediados no Catar não demonstram preocupação com a situação do povo de Gaza. Eles têm impedido todas as iniciativas de cessar-fogo, buscando prolongar o conflito indefinidamente. Eliminar esses líderes removeria o principal entrave à libertação de todos os reféns e ao término da guerra.
Netanyahu é considerado um impedimento para o encerramento do conflito.
No entanto, para o Fórum de Famílias de Reféns Israelenses detidos em Gaza, Netanyahu é considerado um “obstáculo” à resolução do conflito. Eles afirmam que “sempre que um acordo está prestes a ser firmado, ele o sabota”.
Em Gaza, a cidade sitiada e destruída por quase dois anos de conflito, o exército israelense continua sua ofensiva. O governo israelense afirma que a região é um dos últimos bastiões do Hamas.
No sábado 13, o exército informou que mais de 250 mil moradores já abandonaram a cidade devido ao aumento dos ataques aéreos.
Apenas 68 mil pessoas foram evacuadas, segundo o porta-voz da Defesa Civil em Gaza, Mahmoud Bassal. Estimativas da ONU apontam que aproximadamente um milhão de palestinos residem na Cidade de Gaza – a maior do território – e em suas proximidades.
O exército israelense divulgou panfletos, no sábado, pedindo aos habitantes das áreas ocidentais de Gaza a evacuação para o sul.
No entanto, vários atores humanitários advertem que um novo deslocamento da população do norte para o sul do país é inviável e acarreta riscos consideráveis.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.