Senador Bittar defende enquadramento do PCC e Comando Vermelho como terroristas
Senador Bittar defende endurecimento no combate ao crime organizado com indicação de Derrite como relator do PL. Debate sobre enquadramento como terrorismo e risco à soberania nacional
O senador da República por Acre (PL-AC) comentou nesta terça-feira (11.nov.2025) sobre a designação do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do Projeto de Lei que busca endurecer o combate ao crime organizado. Em entrevista ao Poder360, o parlamentar destacou a importância de encontrar um consenso no Congresso, reconhecendo que nem sempre é possível aprovar projetos exatamente como desejado. “É preciso compor as diferentes visões que existem no ambiente legislativo”, afirmou.
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Relator e Mudanças no Texto
O texto do projeto, agora sob a responsabilidade de Derrite, havia gerado críticas, principalmente da base governista, do governo Lula, da Polícia Federal e da Receita Federal. A principal objeção era a restrição dada à atuação da PF, que, segundo o texto original, dependeria de autorização dos governadores estaduais.
Derrite, no entanto, alterou o texto, estabelecendo que a PF atuaria de forma cooperativa com as polícias locais, ampliando a colaboração entre as forças federais e estaduais, além de garantir a participação do Ministério Público Federal e dos Ministérios Públicos estaduais.
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Defesa da Classificação como Terrorismo
O senador Bittar, titular da Comissão de Segurança Pública do Senado, defende que o projeto enquadre grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho como organizações terroristas. Ele argumenta que essa classificação permitiria enquadrar as facções nas regras de combate ao terrorismo internacional, o que é um ponto central do debate na Câmara dos Deputados.
A discussão sobre essa classificação foi um dos motivos que paralisou a votação na terça-feira (11.nov.2025).
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Críticas e Argumentos sobre Soberania Nacional
Questionado sobre as críticas de que a classificação poderia representar um risco à soberania nacional, o senador Bittar minimizou os riscos, argumentando que as organizações criminosas já estão atuando fora do Brasil, em países da América Latina e Europa Ocidental.
Ele criticou o governo federal, mencionando a COP30, que está sendo realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro, e a atuação de organizações internacionais na Amazônia. “A soberania nacional tem risco quando você é governado pela 7ª vez por um partido de esquerda”, afirmou.
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












