O Senado Federal determinou, na quinta-feira 4, a suspensão das atividades legislativas do senador Marcos do Val (Podemos-ES) por 115 dias para questões de saúde. A Comissão Médica da Casa considerou o pedido do parlamentar, que permanece com o pagamento de sua remuneração.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Marcos do Val está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente conduzir uma campanha para intimidar e constranger policiais federais responsáveis por investigações em andamento no tribunal. Ele também é suspeito de ter arquitetado um plano para anular as eleições de 2022.
A decisão está relacionada a uma campanha de ataques institucionais contra o STF e a Polícia Federal, com a divulgação de dados pessoais de delegados que atuam em investigações na Corte, conforme explicou o STF.
LEIA TAMBÉM!
Eduardo Leite manifesta-se contrário à anistia para Bolsonaro e envolvidos no ataque de 8 de janeiro: “será prejudicial para o país”
Silveira: Cada programa que influencia a sociedade, pode afetar as eleições
Mendonça Filho afirma que o governo não possui legitimidade no Congresso em relação à saída da UE
Marcos do Val afirmou, em nota divulgada no final do mês passado, que solicitou a licença para atender questões familiares.
“Pedi licença temporária do Senado Federal para estar com minha mãe, que enfrenta o câncer, e meu pai, que passou por uma cirurgia complexa. Também para me aproximar da minha filha, à quem tenho amor incondicional, e que necessita de um pai presente neste momento crucial de sua adolescência.”
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O ex-parlamentar teve que usar monitoramento eletrônico e suas contas bancárias foram congeladas após descumprir determinação do Supremo Tribunal Federal e viajar para os Estados Unidos. Ele estava impedido de sair do país em razão das investigações em seu desfavor. Contudo, um acordo firmado pelo Senado com o STF revogou parcialmente as restrições aplicadas ao parlamentar.
O senador retomou o uso das redes sociais, desde que não realize ataques ao Estado Democrático de Direito, e restabeleceram-se suas contas bancárias e salário. Contudo, permaneceu a proibição de deixar o Brasil.
O pedido de licença foi mencionado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na decisão de suspender parte das restrições impostas.
A manifestação da defesa do Senado Federal foi acompanhada de cópia do requerimento de licença que Marcos do Val protocolou ao presidente, destacando a impossibilidade temporária de exercício do mandato de senador e manifestando respeito ao Estado Democrático de Direito e às instituições democráticas.
Fonte por: Carta Capital