Segurança do Parque da Cidade em Belém é Reforçada Durante a COP30 com Protesto Indígena em Foco
A segurança no Parque da Cidade, em Belém, foi reforçada para a COP30 após alertas da ONU. Mudanças no acesso e protestos indígenas marcam o evento.
Reforço na Segurança do Parque da Cidade Durante a COP30 em Belém
A segurança no Parque da Cidade, em Belém (PA), onde está sendo realizada a COP30, foi intensificada nesta sexta-feira (14). A ONU (Organização das Nações Unidas) havia alertado o governo federal e o governo do Pará sobre falhas nas estruturas de segurança, exigindo um plano adequado para o evento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O perímetro do local amanheceu com um policiamento reforçado e uma nova disposição de bloqueios.
Gradis foram instalados na Avenida Duque de Caxias, próximo ao cruzamento com a Doutor Freitas, para dificultar a passagem de grandes grupos. O acesso ao hangar, a partir da Avenida Brigadeiro Protásio, também foi modificado com a extensão dos gradis.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Além dos militares do Exército, uma viatura da Polícia Militar do Pará estava em alerta.
Alterações na Segurança e Protesto Indígena
Militares do Exército estavam de plantão dentro do portão que dá acesso ao pavilhão, uma mudança em relação aos dias anteriores, tanto na COP30 quanto na Cúpula de Líderes da semana passada. A presença de seguranças de uma empresa privada, contratada para aumentar a proteção do evento, foi notada no controle de acesso logo pela manhã, junto com agentes do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República.
Leia também:
Casa do Chocolate em Belém: Dona Nena e a Produção Sustentável em Meio à Floresta
Cúpula dos Povos em Belém: Barqueata marca início de protesto por justiça climática na COP30
COP30: Terceiro Dia Focado em Pessoas e Transição Climática com Iniciativas Inovadoras
Uma carta do secretário-executivo da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), Simon Stiell, mencionou falhas nas autoridades de segurança em se posicionar adequadamente nos pontos críticos ao redor da Zona Azul. O documento também destacou a fragilidade do perímetro de segurança e a falta de pessoal acordado para apoiar a operação de segurança do UNDSS.
Protestos e Demandas dos Indígenas
Na manhã de sexta-feira (14), um grupo de indígenas protestou pacificamente do lado de fora do local das negociações sobre mudança climática. Com faixas que diziam “a nossa floresta não está à venda” e “território indígena Munduruku é sagrado!”, o grupo buscava dialogar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontrava em Brasília.
A líder indígena Alessandra Munduruku expressou a frustração do grupo, afirmando que estavam há cinco dias tentando ser ouvidos. “As negociações ocorrem de portas fechadas, e nunca querem nos ouvir. Queremos que nossas terras sejam demarcadas e que não haja exploração que prejudique os povos indígenas”, afirmou.
Assim que o grupo se aproximou do portão do hangar, o novo esquema de segurança foi ativado. Tropas do Exército Brasileiro, da Força Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal ficaram em alerta dentro do perímetro, enquanto o Batalhão de Polícia de Choque da PM foi acionado do lado de fora.
O pavilhão onde estavam os estandes dos países foi esvaziado, e bombeiros civis evacuaram a área, que ficou sob vigilância. A operação durou cerca de uma hora, e o acesso ao evento foi liberado às 6h45.
Autor(a):
Ana Carolina Braga
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.












