O segundo semestre concentra as datas mais importantes do comércio varejista no Brasil. Com o Dia dos Pais, Dia das Crianças, Black Friday e Natal se aproximando, o período pode determinar o desempenho financeiro anual.

As recomendações a seguir são do consultor Anderson Ozawa, CEO da AOzawa Consultoria, especialista em prevenção de perdas e governança. Segundo ele, antecipar o planejamento, utilizar dados e executar com precisão são as chaves para aproveitar a demanda crescente até dezembro.

O passado orienta decisões.

Ozawa declara que o primeiro passo é examinar os dados de vendas de anos anteriores. A análise deve reconhecer padrões de comportamento do consumidor, produtos com maior volume de vendas, tendências emergentes e estoques em excesso.

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O cruzamento dessas informações por loja, canal e perfil de cliente auxilia na definição de prioridades e no ajuste da operação.

Planejamento de estoque prévio

Para assegurar o fornecimento adequado, o consultor sugere iniciar a reposição com no mínimo 60 dias de antecedência.

É preciso direcionar as atenções para produtos específicos em datas determinadas. No Dia dos Pais, por exemplo, kits para homens e perfumes. Em outubro, brinquedos e doces. Em novembro, eletrônicos e produtos de cuidados pessoais. No Natal, alimentos festivos e cestas.

Negociação com previsibilidade

Com entregas antecipadas, é possível obter prazos e condições comerciais mais favoráveis com fornecedores.

Ozawa ressalta que não se deve avaliar unicamente o preço, mas também a capacidade de entrega, o suporte oferecido e a regularidade do fornecimento.

Mix alinhado à demanda

A definição do mix de produtos deve levar em conta margem, giro e o que os clientes desejam. O profissional aconselha que o setor varejista evite investir em itens com poucas vendas ou excesso de lançamentos.

Monitorar o comportamento da concorrência também pode auxiliar no ajuste da estratégia.

Gestão de estoques

É fundamental empregar instrumentos de gestão para acompanhar o acúmulo e o esgotamento de estoques. Ozawa adverte que itens parados causam prejuízos e que a reposição deve ser contínua nos períodos de maior demanda.

Sistemas básicos auxiliam em indicar, em tempo real, a necessidade de intervenção.

Realização com equipe capacitada.

Para o consultor, uma operação bem-sucedida depende de indivíduos preparados. Ele enfatiza a relevância da reposição rápida, da apresentação adequada dos produtos e do serviço atencioso.

Esses elementos asseguram a implementação do planejamento e otimizam o desempenho comercial da loja.

Gestão integrada com tecnologia.

Ozawa argumenta que o lojista deve combinar inteligência comercial, controle operacional e foco na experiência do cliente.

Ele afirma que o segundo semestre não admite improvisos. Aquele que age com antecedência converte datas sazonais em oportunidades de crescimento.

Fonte por: Carta Capital