Segundo o IBGE, cerca de 20 milhões de brasileiros não possuem acesso à internet
Os pesquisadores realizaram visitas domiciliares no quarto trimestre de 2024 e questionaram os brasileiros acerca de seus hábitos trinta dias antes da c…

O uso da internet é uma prática cada vez mais comum, porém ainda é uma raridade no dia a dia de 20,5 milhões de brasileiros, representando 10,9% da população com 10 anos ou mais em 2024. Desses, quase a metade (45,6%) cita não saber como realizar essa atividade como principal razão para não acessar a internet, correspondendo a 9,3 milhões de pessoas.
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Os dados são referentes a um complemento sobre tecnologia da informação e comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), lançada nesta quinta-feira (24) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Pesquisadores realizaram visitas domiciliares no último trimestre de 2024, questionando os brasileiros sobre seus hábitos trinta dias antes da coleta de dados.
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Em meio aos idosos, a principal razão para não saber usar a internet representava 66,1% das respostas. Contudo, a pesquisa demonstra que eles estão utilizando a internet de forma crescente.
O levantamento aponta para 168 milhões de pessoas com acesso à internet, correspondendo a 89,1% da população com 10 anos ou mais de idade.
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O instituto investigou as causas que levaram 20,5 milhões de pessoas a não terem acesso à internet. A falta de habilidade e a ausência de necessidade são as razões mais frequentemente citadas.
A razão para não utilizar a internet:
Considerações de ordem econômica — como avaliar o serviço ou o equipamento como dispendioso — são menos frequentes. Em 2024, representaram 10,9%, em comparação com 16,2% em 2022, quando a pergunta começou a ser feita.
A pesquisa revelou que, entre aqueles que não utilizam redes sociais, três de cada quatro (73,4%) possuíam apenas instrução básica, com nível de escolaridade equivalente ao ensino fundamental. Mais de cinquenta por cento (52,1%) eram indivíduos na faixa etária idosa.
Preocupação com privacidade.
O estudo, ao analisar o grupo etário de 10 a 13 anos, aponta que a principal razão para a não utilização é a ausência de necessidade, respondida por 33,9% dos entrevistados.
O IBGE apontou que a preocupação com privacidade ou segurança tem crescido desde 2022, situando-se em 15,6% das respostas, e subindo para 22,5% em 2024.
167,5 milhões de pessoas com 10 anos ou mais possuíam telefone celular, o que representava 88,9% da população dessa faixa etária.
Já entre os 5 milhões de jovens de 10 a 13 anos que não tinham celular, a principal razão para não possuir o equipamento foi a preocupação com a privacidade ou segurança, apontada por 24,1% das pessoas nessa faixa etária. Em 2022, essa justificativa era mencionada em 17,2% das respostas.
O pesquisador Gustavo Geaquinto Fontes indica que essa preocupação não é necessariamente uma decisão dos jovens.
Pode também refletir a preocupação dos próprios pais ou responsáveis. Destaca que é uma preocupação de pais.
Guia com orientações
A organização da sociedade civil Childhood Brasil elaborou um guia com informações e orientações para assegurar a segurança na internet para crianças e adolescentes. O material está disponível no site.
Em dez anos, cerca de 40% dos sites da internet foram extintos.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.