Segundo a OMS, 2,1 bilhões de indivíduos não possuem acesso à água potável

Relatório elaborado em parceria com a UNICEF aponta para desigualdades sociais contínuas, sobretudo em áreas vulneráveis.

26/08/2025 12:56

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Segundo a OMS, 2,1 bilhões de indivíduos não possuem acesso à água potável
(Imagem de reprodução da internet).

Cerca de 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso à água potável, saneamento e higiene, colocando-as em risco de doenças e exclusão social. O dado é de relatório divulgado nesta terça-feira (26) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

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O documento aponta que, apesar dos avanços recentes, ainda existem enormes deficiências no acesso à água em escala global, sobretudo entre indivíduos residentes em países de baixa renda, comunidades rurais, crianças e grupos étnicos e indígenas minoritários. Destes, 106 milhões de pessoas consomem água diretamente de fontes superficiais não tratadas.

Ademais, o documento aponta que 3,4 bilhões de pessoas ainda não dispõem de saneamento gerenciado com segurança, incluindo 354 milhões que exercem a defecação a céu aberto. Também há 1,7 bilhão de pessoas que carecem de serviços básicos de higiene em domicílios, incluindo 611 milhões sem acesso a instalações sanitárias.

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Apesar de avanços para moradores de áreas rurais, essa população permanece em desvantagem. O acesso à água potável segura subiu de 50% para 60% entre 2015 e 2024, e o acesso à higiene básica saltou de 52% para 71%. Em contrapartida, a disponibilidade de água potável e higiene nas áreas urbanas não apresentou evolução.

A água, o saneamento e a higiene não são privilégios, são direitos humanos básicos, afirma Ruediger Krech, diretor interino de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da Organização Mundial da Saúde. “Devemos acelerar a ação, especialmente para as comunidades mais marginalizadas, se quisermos manter nossa promessa de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”

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Relatório também aponta para a dignidade menstrual.

Outro ponto relevante do relatório da OMS trata da dignidade menstrual. Dados de 70 países indicam que, apesar de a maioria das mulheres e adolescentes possuir materiais menstruais e um espaço privado para troca, muitas não têm acesso a produtos absorventes suficientes para realizar a troca com a frequência necessária, o que eleva o risco de infecções.

Ademais, a pesquisa indica que adolescentes do sexo feminino com idades entre 15 e 19 anos apresentam menor probabilidade do que mulheres adultas de se envolverem em atividades durante o período menstrual, tais como estudo, trabalho e atividades sociais de lazer.

A questão já era identificada pela Unicef e denominada de “pobreza menstrual”. A situação é marcada pela ausência de acesso a recursos, infraestrutura e até mesmo conhecimento por parte das mulheres em relação aos cuidados com o próprio ciclo menstrual. No Brasil, estima-se que uma em cada quatro alunas deixe os estudos durante o período menstrual.

Quando crianças não têm acesso à água potável, saneamento e higiene, sua saúde, educação e futuro são colocados em risco, afirma Cecilia Scharp, diretora de Água, Saneamento e Higiene do Unicef. Essas desigualdades são especialmente gritantes para as meninas, que muitas vezes carregam o fardo da coleta de água e enfrentem barreiras adicionais durante a menstruação. No ritmo atual, a promessa de água potável e saneamento para todas as crianças está cada vez mais distante de alcance, lembrando-nos que devemos agir com mais rapidez e ousadia para alcançar aqueles que mais precisam.

A OMS declara que, para atingir as metas de 2030 de erradicação da defecação a céu aberto e do acesso universal a serviços básicos de água, saneamento e higiene, será imprescindível uma aceleração, embora a cobertura universal de serviços gerenciados com segurança pareça cada vez mais inatingível.

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Fonte por: CNN Brasil

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