Se teve um bom desempenho no último Enem e pretende refazer o exame? Evite cometer os mesmos erros

Repetir o Enem pode ser uma chance de sanar falhas e obter a vaga desejada no ensino superior. Contudo, reincidir nos mesmos erros da edição anterior representa um risco que pode prejudicar o desempenho.

Além de revisar conteúdos, especialistas recomendam que os candidatos acompanhem a metodologia de avaliação da prova, o peso do redação e a importância da estratégia de estudo e da resolução das questões. Verifique alguns erros frequentes e o que fazer para preveni-los.

O Exame Nacional do Ensino Médio utiliza uma metodologia de avaliação específica, a TRI (Teoria da Resposta ao Item), que considera a consistência das respostas. Além disso, existem disciplinas com notas mais flexíveis, como Matemática e Redação. Desconsiderar as competências e habilidades exigidas em cada área pode prejudicar o resultado.

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Estudar de maneira desordenada, sem um cronograma de prioridades e sem considerar a TRI, leva a um desempenho insatisfatório. “Elabore um plano de estudos que abranja as áreas de conhecimento e estabeleça metas em cada uma delas, por competência e habilidades”, recomenda Silvia Maria Brandão, especialista pedagógica da plataforma Geekie.

A produção textual é fundamental, pois não é avaliada por meio do ENEM e possui grande impacto na pontuação final. Diversos candidatos falham ao não compreenderem a forma como o exame avalia a redação, comprometendo sua nota devido a erros graves de ortografia e gramática, desvio do tema proposto, excesso de linguagem rebuscada, uso de clichês ou frases prontas sem aprofundamento e elaboração de discursos políticos panfletários, sem argumentação crítica. “Pratique com temas atuais, leia redações que obtiveram nota mil e concentre-se em desenvolver argumentos sólidos, com clareza e coesão”, afirma Milena Kendrick Fiuza Villani, diretora Pedagógica do Sistema Positivo.

As instruções iniciais da prova contêm informações essenciais sobre o tempo, a estrutura e a forma correta de preenchimento dos cartões. Ignorá-las pode causar falhas graves, como esquecer de assinar onde é necessário, usar caneta de cor inadequada e perder tempo por não compreender a organização das questões. “Leia com atenção todas as orientações antes de começar, mesmo que já conheça o estilo da prova, que esteja refazendo”, alerta Milena.

O tempo é um obstáculo no Enem. Muitos estudantes dedicam tempo excessivo a questões complexas, negligenciando aquelas mais simples que poderiam assegurar uma pontuação significativa. É importante lembrar que, segundo a TRI, acertar questões difíceis e errar as fáceis pode afetar negativamente a nota final, afirma Silvia, da Geekie. Ela recomenda praticar a gestão do tempo com simulados e aprender a otimizar a resolução das questões, priorizando as questões mais fáceis, em seguida as médias e somente depois as difíceis.

O Enem não avalia apenas a memorização de conteúdos, mas a habilidade de aplicar o conhecimento em diversas situações. É essencial buscar entender os conceitos, estabelecer conexões e relacioná-los com exemplos práticos, como dados e perspectivas, contextualizando o estudo.

As questões do Enem seguem um padrão: há sempre um texto-base e um enunciado que contextualiza a situação-problema. Ignorar esses elementos e ir diretamente às alternativas é um erro frequente. “Leia atentamente o texto e o enunciado. Selecione as partes relevantes e conecte-as com as alternativas. As respostas corretas sempre estarão ligadas ao conteúdo apresentado”, orienta Milena.

Diante de uma dificuldade, muitos estudantes abandonam a questão ou selecionam uma resposta aleatória, o que pode resultar em perda de pontos. Alternativamente, alguns investem tempo excessivo em uma pergunta até resolvê-la. As especialistas recomendam marcar as alternativas possíveis, pular a questão e retornar a ela posteriormente. “Às vezes, outras perguntas da prova trazem pistas ou conteúdos parecidos que podem te ajudar”, afirma Milena.

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Fonte por: CNN Brasil