“Se é inocente, prove”, diz Lula sobre julgamento de Bolsonaro

O chefe do executivo declarou sua expectativa por uma resolução justa e reiterou o princípio da presunção de inocência. Ele voltou a exigir “respeito” e…

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Em entrevista à imprensa na sede do jornalista Mino Carta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diversas vezes perguntado sobre o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe. O petista, que já havia anunciado que não participaria das sessões, esperava um processo justo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há o processo, existem os autos, há as deliberações, há provas. Que o indivíduo que está sendo acusado tenha o direito à presunção de inocência, que ele possa se defender, como eu não pude me defender [no processo que o levou à prisão em 2018]. E eu não reclamei. Não fiquei chorando. Fui à luta. Se é inocente, prove que é inocente.

LEIA TAMBÉM!

O presidente, que viajou a São Paulo para a despedida de Mino Carta, também comentou o papel da imprensa na cobertura dos acontecimentos recentes da história do Brasil.

Acredito que o Mino abordaria a questão com a sinceridade que ela exige. Não há qualificações na descrição do que está ocorrendo no Brasil. As pessoas devem apresentar os fatos como realmente são. “O Mino Carta, se estivesse atualmente diante de sua máquina [de escrever], ou no computador, ou na caneta, estaria escrevendo, talvez, a mais bela narrativa sobre o que aconteceu nos últimos anos no Brasil.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O petista também foi questionado sobre a pressão exercida pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, que, nos últimos meses, aplicou sanções contra autoridades brasileiras e contra a economia do país sob a justificativa de que o processo contra Bolsonaro seria uma “caça às bruxas”.

Lula afirmou novamente estar disponível para ser “Lulinha paz e amor”, caso Donald Trump relaxe e aceite negociar. Contudo, o presidente brasileiro reiterou que não cederá a pressões externas.

Ele intensificou qualquer coisa que se conhecia na história da humanidade: um governo se intrometer para julgar o comportamento de outro país. É um negócio inacreditável. Acredito que as pessoas precisam aprender a respeitar. Cada um cuida do seu espaço. Cada um cuida do seu lar.

Ele reiterou: o Trump não foi eleito para ser imperador do mundo. Ele foi eleito apenas para ser presidente dos Estados Unidos da América. Seguiram. E eu, sinceramente, estou no aguardo de que em algum momento aconteça algo na cabeça do presidente Trump e ele perceba: “poxa vida, tenho que negociar”. Não só com o Brasil, com a China, com a Índia, com a Venezuela.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

Sair da versão mobile