Atualização sobre a saúde de Jair Bolsonaro
Os médicos responsáveis pelo tratamento de Jair Bolsonaro (PL) informaram nesta quarta-feira (24) que a cirurgia para corrigir a hérnia do ex-presidente apresenta desafios, mas há uma “boa perspectiva” de sucesso. O cirurgião geral Claudio Birolini detalhou que será realizada uma herniorrafia inguinal bilateral convencional, que envolve cortes em ambos os lados da virilha para reposicionar a hérnia.
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Após isso, será feita uma sutura para reforçar a área afetada, além da colocação de uma tela de polipropileno.
De acordo com Birolini, essas hérnias são frequentes em pacientes com mais de 70 anos, e o caso de Bolsonaro, que tem 70 anos, foi agravado por cirurgias anteriores. Ele destacou que, devido a essas intervenções passadas, não será possível realizar uma cirurgia laparoscópica, que é uma técnica menos invasiva que utiliza pequenas incisões para operar.
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Detalhes da internação e acompanhamento familiar
O procedimento cirúrgico está previsto para durar entre três e quatro horas, conforme especialistas consultados. Em uma decisão de 23 de dezembro, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, havia determinado que apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) poderia acompanhar o ex-presidente durante a internação.
No entanto, um despacho recente autorizou a presença dos filhos de Jair Bolsonaro, incluindo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os ex-vereadores Carlos e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), além de Laura Firmo Bolsonaro.
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A equipe médica estima que Bolsonaro permanecerá internado por um período de cinco a sete dias, com reavaliações ao longo da internação. Assim que for considerado apto, ele deverá retornar à cela na Polícia Federal, sempre priorizando sua segurança médica.
Birolini mencionou que, se necessário, será avaliada a possibilidade de acompanhamento por enfermeiros, médicos ou fisioterapeutas.
Questões de saúde e monitoramento
Os médicos também relataram que o ex-presidente enfrenta um quadro que intensifica seus soluços, o que tem prejudicado seu sono. O cardiologista Brasil Caiado comentou que Bolsonaro se sente incomodado com essa situação e que a equipe está mantendo a mesma medicação, além de um cuidado especial com a alimentação.
No entanto, fatores relacionados ao sistema nervoso central do ex-presidente estão além do controle médico, gerando preocupação.
Na cirurgia realizada em abril, Bolsonaro foi operado para corrigir hérnias, e uma tela foi colocada na parede abdominal, o que pode ter contribuído para as crises de soluço. A equipe médica esclareceu que a cirurgia programada não tratará diretamente esse problema, mas o quadro será monitorado durante a internação.
Boletins médicos serão divulgados ao final de cada dia para atualizar o estado de saúde do ex-presidente, e informações adicionais serão fornecidas em caso de eventos relevantes.
