São Paulo propõe acordo ao STJD para evitar punições por cânticos homofóbicos no clássico contra o Corinthians

São Paulo propõe acordo ao STJD por cânticos homofóbicos

O São Paulo apresentou ao STJD uma proposta de acordo relacionada à denúncia de cânticos homofóbicos ocorridos no clássico contra o Corinthians, durante o Brasileirão. O clube busca repetir a estratégia adotada pelo Palmeiras em um caso semelhante envolvendo o atacante Vitor Roque.

No episódio anterior, o jogador fez uma publicação com conteúdo homofóbico após a vitória sobre o São Paulo, mas o clube conseguiu evitar punições mais rigorosas ao divulgar uma mensagem de conscientização contra a discriminação.

Julgamento marcado para quarta-feira

A sessão de julgamento está agendada para esta quarta-feira (19). O São Paulo será avaliado pelos cânticos homofóbicos entoados pela torcida no Morumbi durante o clássico contra o Corinthians, realizado em 19 de julho, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Embora a súmula da partida não tenha registrado a ocorrência, o Corinthians apresentou uma denúncia ao STJD, alegando “manifestações homofóbicas da torcida mandante”, com base em vídeos divulgados nas redes sociais.

Possíveis penalidades

O São Paulo foi enquadrado em dois artigos: o 243-G do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) e o 135 do RGC (Regulamento Geral de Competições). O artigo 243-G prevê penalidades para atos discriminatórios relacionados a preconceitos diversos, com penas que variam de 120 a 360 dias de suspensão, além de multas que podem chegar a R$ 100 mil.

Leia também:

São Paulo enfrenta crise após derrota para o Corinthians e lesões preocupantes de jogadores-chave

Lucas Moura está fora do clássico contra o Corinthians; São Paulo enfrenta desafios no meio-campo

São Paulo fecha acordo com STJD para evitar punição por cânticos homofóbicos na torcida

O parágrafo 2º do artigo permite que a multa seja aplicada ao clube caso a torcida seja responsabilizada pelos atos discriminatórios. Torcedores identificados podem ser banidos de estádios por um período mínimo de 720 dias. O São Paulo busca, por meio do acordo e de uma possível mensagem de conscientização, minimizar a possibilidade de punições mais severas no julgamento.