São Paulo encerra trimestre com superávit e reduz dívida em R$ 55,5 milhões, aponta relatório
Clube reduz passivo em R$ 55,5 milhões e aprimora gestão financeira em 2025.
São Paulo reduz endividamento em R$ 55,5 milhões
O São Paulo registrou uma diminuição de R$ 55,5 milhões em seu endividamento entre janeiro e setembro de 2025, conforme relatório financeiro divulgado pelo clube. A dívida total caiu de R$ 968 milhões em dezembro de 2024 para R$ 912 milhões ao final do terceiro trimestre deste ano.
Esse resultado foi impulsionado pelo aumento de direitos líquidos de R$ 82,5 milhões e pela quitação de dívidas com instituições financeiras, que somaram R$ 56,9 milhões. Além disso, foram pagos tributos e provisões no valor de R$ 14,9 milhões, e direitos federativos e intermediações totalizaram R$ 2,7 milhões.
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Apesar da melhora, o clube também enfrentou um aumento nas obrigações trabalhistas e de imagem, que chegaram a R$ 88,7 milhões. Novos compromissos com fornecedores e acordos somaram R$ 15,8 milhões. O relatório do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), estruturado por OutField Ventures e Galapagos Capital, aponta que o fundo possui patrimônio líquido de R$ 400 milhões, com custo de capital de CDI + 5%, abaixo da média histórica do clube.
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Alocação de recursos e redução de endividamento
Até setembro, R$ 135 milhões foram alocados no caixa do São Paulo. O documento indica que o clube devolveu cerca de R$ 39 milhões aos investidores, o que reforça a capacidade de pagamento da operação. A administração também conseguiu reduzir em 22% o endividamento bancário no período, equivalente a R$ 57 milhões.
A principal operação de crédito foi firmada com o Banco Daycoval, no valor de R$ 50,6 milhões, com taxa de CDI + 6,74% ao ano, aprovada pelo comitê do fundo.
Desempenho financeiro e metas
Apesar dos ajustes e do controle de custos, o São Paulo ainda não atingiu todos os limites financeiros (covenants) do FIDC, especialmente nas despesas com futebol profissional. O clube registrou um desenquadramento de cerca de R$ 91 milhões nesses gastos até o terceiro trimestre.
Mesmo assim, o São Paulo encerrou o período com um superávit de R$ 19,9 milhões, após déficits de R$ 23,1 milhões e R$ 10,5 milhões nos dois primeiros trimestres. As vendas de atletas, que renderam R$ 233,1 milhões, foram fundamentais para o resultado positivo, representando um avanço em relação ao prejuízo de R$ 287 milhões de 2024.
O clube projeta fechar 2025 com contas equilibradas e superavitárias.
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.