A capital paulista contabilizou 29 feminicídios no período entre janeiro e maio de 2025. Esse número representa o maior índice para o primeiro semestre desde o início da contabilização desse tipo de crime, conforme levantamento publicado nesta 5ª feira (10.jul.2025) pelo G1 com base nos dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública).

Os dados não incluem as estatísticas de junho.

Em cada cinco casos desses crimes, um familiar da vítima estava presente, sendo os filhos os principais testemunhas.

O índice recorde semestral foi atingido, mesmo sem a contabilização integral do período. A SSP ainda não divulgou os números de junho, mas os dados já disponíveis indicam que 2025 registra o maior índice desde o início dos registros desses crimes.

A contabilidade específica de feminicídios iniciou-se em abril de 2015, um mês após a publicação da Lei do Feminicídio no Brasil. A legislação federal define como feminicídio os assassinatos que envolvem violência doméstica e familiar, ou que demonstram desvalorização ou discriminação em razão do gênero da vítima.

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O delito é reconhecido como homicídio qualificado, sujeitando os responsáveis a penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão.

O crescimento da tendência já havia sido notado em 2024, com São Paulo registrando 51 casos ao longo do ano, um número que também estabeleceu um recorde anual.

As mulheres são vítimas de homicídio em contextos de violência doméstica, familiar ou em situações que demonstram discriminação de gênero, conforme estabelecido pela legislação brasileira.

Em 2024, São Paulo registrou 250 casos de feminicídio, estabelecendo também um recorde estadual, conforme dados da SSP.

O MFB (Monitor de Feminicídios no Brasil), criado pelo Lesfem (Laboratório de Estudos e Feminicídios), apresenta dados distintos. De acordo com esta fonte, o estado de São Paulo registrou 329 casos de feminicídio em 2024, uma quantidade maior do que os 250 casos contados pela SSP no mesmo período.

Em 2024, foram identificados 651 casos de feminicídio, incluindo aqueles consumados e os tentados.

Pelo menos 135 mulheres vítimas, entre elas, tinham filhos menores de idade. Os crimes impactaram 239 crianças ou adolescentes em 2024.

Apesar do aumento, São Paulo ainda registra uma das menores taxas de feminicídio no Brasil, com uma média de 1,8 casos por 100 mil mulheres em 2024, incluindo aqueles consumados e tentados.

Fonte por: Poder 360