As autorizações concedidas a membros do governo e seus aliados foram canceladas pelos Estados Unidos.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) e de seus aliados.
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Rubio publicou no X (antigo Twitter) citando o ex-presidente Donald Trump, que afirmou que o governo “irá responsabilizar estrangeiros responsáveis pela censura à expressão protegida nos Estados Unidos”.
A perseguição política do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro gerou um complexo de perseguição e censura tão amplo que não só viola direitos básicos dos brasileiros, como também ultrapassa as fronteiras do Brasil para atingir americanos, prosseguiu o secretário.
A ação ocorre após Moraes determinar medidas cautelares contra Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), parlamentar licenciado, que tentaram submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal a um crivo de outro Estado, buscando, inclusive com auxílio financeiro, a imposição de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil e autoridades brasileiras.
Bolsonaro agora utiliza tornozeleira eletrônica e está cumprindo uma série de delatores, como:
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O analista político da CNN, Caio Junqueira, informou que integrantes da equipe de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anteciparam que haverá mais sanções contra o Brasil na próxima semana.
Considerariam-se alternativas como elevar as tarifas de exportação do Brasil para 100%, aplicar a Lei Magnitsky a autoridades brasileiras, adotar sanções em conjunto com a OTAN e até mesmo sanções tecnológicas, como o bloqueio do uso de satélites e GPS.
Também estou avaliando a expulsão dos diplomatas brasileiros de Washington e representantes do Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Os associados de Eduardo informam à CNN que todas as alternativas estão em análise na Casa Branca e que Donald Trump está disposto a seguir até as últimas consequências.
Apoadores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstraram apoio ao STF no caso.
Para Gleisi Hoffmann, a ministra de Relações Institucionais, o caso é “uma afronta ao Poder Judiciário e à soberania nacional”.
A ministra afirma que a retaliação “agressiva e mesquinha” a uma decisão do STF “expõe o nível degradante da conspiração de Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro contra o nosso país”.
Não se envergonham do escândalo internacional que causaram no desespero de evitar a Justiça e a punição pelos crimes que praticaram. Ao contrário do que planejaram, a Suprema Corte do Brasil se fortalece nesse momento, cumprindo o devido processo legal, defendendo a Constituição e o Direito, sem jamais ter se submetido a sanções ou ameaças de qualquer pessoa.
O procurador-geral da União, Jorge Messias, declarou que “nenhuma ação inadequada ou ato conspiratório sorrateiro poderá intimidar o Poder Judiciário de nosso país em seu exercício autônomo e legítimo”.
O AGO, responsável por assessorar juridicamente o Presidente da República, declarou não ser aceitável distorcer os fatos para acusar autoridades brasileiras de violarem direitos fundamentais ou de censurarem a liberdade de expressão.
Na perspectiva de Messias, o Judiciário brasileiro está apenas exercendo suas funções dentro da lei, visando proteger a democracia e o Estado de Direito.
O exercício da jurisdição, no contexto de um sistema de Justiça estável e alinhado com as garantias da cidadania, não pode, em hipótese alguma, ser afetado por questões políticas, muito menos por meio da participação de outro Estado estrangeiro.
O delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), deputado federal, publicou em suas redes sociais: “O governo norte-americano removeu os vistos de Alexandre de Moraes, sua família e outros ministros do STF, possivelmente outras autoridades envolvidas na perseguição a Jair Bolsonaro e à direita. Vem mais por aí?”
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) republicou uma notícia com o título “Ministros do STF fazem piada sobre quem terá visto para os EUA cancelado por Donald Trump”.
Eduardo Bolsonaro agradeceu a Trump e Rubio, afirmando que não pode visitar seu pai, Jair Bolsonaro, e que, atualmente, possui restrições brasileiras que o impedem de visitar familiares nos EUA.
“Quem sabe até perderão seus vistos”, prosseguiu. “Eis o custo Moraes para quem sustenta o regime. De garantido só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir”, citou.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.