Felix Baumgartner quebrou recorde mundial em 2012 e faleceu devido a acidente de parapente na Itália.
Felix Baumgartner, saltador base austríaco famoso por seu salto recorde da estratosfera, faleceu na Itália na quinta-feira (17), de acordo com informações da mídia local, durante um voo de parapente.
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Segundo a SkyTG24, emissora da CNN, Baumgartner, com 56 anos, perdeu o controle do seu parapente e caiu na piscina de um hotel na cidade costeira de Porto Sant’Élpidio.
A emissora italiana RAI anunciou que as autoridades estão trabalhando para definir a causa precisa do acidente.
O prefeito de Porto Sant’Elpidio, Massimiliano Ciarpella, declarou em sua página oficial no Facebook que a comunidade estava “profundamente abalada” com o falecimento de Baumgartner, que ele descreveu como um “símbolo de coragem”.
Baumgartner, que já havia realizado saltos base de marcos como as Torres Petronas na Malásia e a estátua do Cristo Redentor no Rio de Janeiro, obteve reconhecimento internacional em 2012 ao quebrar um recorde mundial ao saltar de paraquedas de uma cápsula pressurizada a aproximadamente 39 quilômetros acima do solo.
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A Red Bull declarou estar chocada e abalada pela triste notícia do ocorrido com seu amigo Felix Baumgartner.
Felix nasceu com a necessidade de voar e tinha a ambição de superar fronteiras. Também possuía inteligência, profissionalismo, meticulosidade e atenção aos detalhes, nunca negligenciando nada. Era generoso, dedicando grande parte de seu tempo para auxiliar e motivar inúmeras pessoas.
“Eu estava ali em cima do mundo, fora de uma cápsula no espaço e na estratosfera. Olhei ao redor e o céu acima de mim estava completamente negro”, declarou Baumgartner ao repórter Patrick Snell, da CNN.
Durante sua descida em direção à Terra, sua velocidade ultrapassou os 1.350 km/h, rompendo a barreira do som. O projeto conhecido como Red Bull Stratos demandou seis anos de planejamento, com a equipe dedicando-se a cada detalhe da operação.
“Planejamos construir a cápsula, desenvolver o traje pressurizado, realizar um período de treinamento e, em seguida, ascender até a estratosfera e retornar à Terra em velocidade supersônica”, declarou Baumgartner.
Às vezes, íamos a uma reunião com três problemas e saíamos oito horas depois com mais cinco, e sem solução para os problemas anteriores.
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Para levar Baumgartner à estratosfera, sua equipe precisou construir um balão de hélio com dimensões equivalentes a 33 campos de futebol, com um peso de 1.682 kg. Demorava até 20 pessoas para manobrá-lo sem comprometer o material do balão, que era dez vezes mais fino que um pacote de sanduíches.
Talvez a maior ameaça ao projeto tenha sido, de forma inesperada, a força mental de Baumgartner.
O macacão necessitava ser simultaneamente pressurizado e resistente a temperaturas inferiores a -72° Celsius (-97,6° Fahrenheit).
“É muito desconfortável. Você tem uma total falta de mobilidade. Sempre parece que está respirando através de um travesseiro. Você está completamente separado do mundo exterior. Então, uma vez que a viseira está fechada, tudo que você pode ouvir é sua própria respiração”, disse Baumgartner.
Imediatamente após o pouso, Baumgartner relatou ter enfrentado dificuldades para lidar com suas emoções ao se aproximar da Terra.
Eu tinha lágrimas nos olhos quando voltava algumas vezes porque você estava sentado ali e pensava sobre aquele momento tantas vezes, sabe, como seria a sensação e como seria a aparência.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.